DELAÇÃO

Bolsonaro ficou milionário e eu perdi tudo, diz Mauro Cid em delação

Declarações de Cid, feitas em março de 2024, foram reveladas após Moraes derrubar o sigilo das delações sobre a trama golpista contra Lula

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O tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, disse em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o correligionário e todos teriam “se dado bem” e ficado “milionários”, enquanto ele "perdia tudo". As declarações de Cid aconteceram em depoimento em 22 de março de 2024, mas vieram à tona após o ministro Alexandre de Moraes derrubar o sigilo das delações nesta quarta-feira (19/2).

Depois de firmar acordo com a Polícia Federal, Cid forneceu informações sobre uma suposta trama golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2023. Na ocasião, ele pediu benefícios, como, por exemplo, a redução de pena diante de eventual condenação. Cid, porém, frisou não ter participado da tentativa de golpe.

A delação decorreu de um acordo firmado com a PF e aval do STF, quando Cid pediu benefícios, como, por exemplo, a redução de pena diante de uma eventual condenação. Cid, porém, frisou não ter participado da tentativa de golpe.

"Eu não participei de nenhum planejamento detalhado, de nenhuma ação. Meu mundo era o mundo do presidente, eu não estou mentindo, não estou omitindo [...]. O meu mundo era o presidente, o meu mundo de ação era o presidente, eu estou falando a verdade aqui", afirmou.

Denúncia da PGR

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou na denúncia enviada ao STF que o dia dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 foi a "última esperança" do grupo criminoso para tentar consolidar um golpe de Estado no país. Segundo o órgão, os envolvidos trocaram mensagens comemorando a "boa notícia" da invasão das sedes dos Três Poderes.

"A última esperança da organização estava na manifestação de 8 de janeiro. Seus membros trocavam mensagens, apontando que ainda aguardavam uma boa notícia. A organização incentivou a mobilização do grupo de pessoas em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, que pedia a intervenção militar na política. Os participantes daquela jornada desceram toda a avenida que liga o setor militar urbano ao Congresso Nacional, acompanhados e escoltados por policiais militares do Distrito Federal", diz o Ministério Público Federal (MPF).

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