PALÁCIO DA ALVORADA

Reprovação de Lula cresce 13 pontos em três meses

Números apontam queda de sete pontos percentuais na aprovação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação à última pesquisa

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A avaliação negativa do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escalou 13 pontos percentuais nos últimos três meses. É o que aponta a pesquisa da Confederação Nacional de Transportes (CNT), divulgada nesta terça-feira (25/2). Entre os brasileiros que avaliam a gestão de forma negativa, 12% afirmam que o governo é ruim, e 32% julgam ser péssimo. Somados, os números atingem 44%. Em novembro de 2024, a mesma pesquisa registrou 31% de rejeição ao governo.

Os brasileiros que avaliam positivamente totalizam 28,7%. Em relação ao último trimestre, quando o governo teve 35% de aprovação, os números caíram cerca de sete pontos percentuais. O número de brasileiros que avaliam a gestão do presidente como ótima ou boa é o menor em 20 anos.

As piores avaliações do governo vem da economia (32%), segurança (20%) e saúde (13%), enquanto os brasileiros avaliam positivamente ajuda aos mais pobres (22%), educação (12,8%) e relações internacionais (10,7%).

A população demonstrou pessimismo em relação a emprego e renda mensal para os próximos seis meses: 35% dos brasileiros acreditam que o emprego não avançará, enquanto 31,7 % imaginam que vai piorar, e 30% creem em melhora.

Em relação à renda: para 56,1%, permanecerá da mesma forma; a 12%, vai diminuir; e a 28,8%, a renda aumentará neste período. A 41% da população, Lula é o principal responsável pelo aumento do preço.

O diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, afirmou que “o governo está em um momento de bastante pressão”. “A questão inflacionária, da elevação de preços, tem motivado muito a população em termos de avaliação do governo. Nos próximos meses, provavelmente vai entrar com percepções atentas sobre subidas de preço, porque é isso que o eleitor tem levado em consideração”, afirmou.

Eleições presidenciais

No entanto, se a eleição fosse hoje, Lula ainda venceria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - caso o ex-presidente pudesse se candidatar - no cenário espontâneo, iou seja, quando a pesquisa não sugere nomes de candidatos para o pleito em 2026. Bolsonaro teria apenas 19,6% dos votos contra 23,5% do atual mandatário.

Em seguida, Tarcísio de Freitas (Republicanos) aparece com 1,8% dos votos; Pablo Marçal (PRTB) com 0,9%, empatado com Nikolas Ferreira (PL), também com 0,9%. Ciro Gomes (PDT) receberia 0,8% dos votos.

No cenário estimulado, o governador de Minas Gerais entra na disputa. Lula receberia 30,3% dos votos, enquanto Bolsonaro teria 30,1%. Ciro Gomes aparece em seguida com 9,8%, enquanto Romeu Zema (Novo) teria 2,7%.

Em um segundo turno, Bolsonaro venceria Lula com 43,4% contra 41,6%. Sem o ex-presidente, que estará inelegível na data do pleito, Lula venceria Tarcísio, com 41,2% do petista contra 40,7% do governador de São Paulo.

Se Lula não disputar as eleições presidenciais em 2026, Ciro Gomes estaria à frente na disputa, com 19,7% dos votos; Fernando Haddad, com 16,6%, e Tarcísio Freitas, 14,4%.

No ano passado, caso Lula não se candidatasse para o quarto mandato, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi cotado como favorito na sucessão do governo, com 31,3% das intenções de voto. O deputado federal Guilherme Boulos (Psol) figura na pesquisa CNT com 17,5%; o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), com 15%, e o prefeito de Recife, João Campos (PSB), 12,7%.


Denúncia de Bolsonaro

A pesquisa ainda mostra que a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado não impactou o apoio dos eleitores que se alinham com a direita. Entre eles, 54% acreditam que a ação teria motivação política, enquanto 25% afirmam que se trata de uma combinação entre fatos e razões políticas. Apenas 12% consideram as denúncias legítimas.

Já entre os eleitores que se identificam com a esquerda, 49% veem as acusações como baseadas em fatos; 26% apontam para uma combinação entre fatos e motivação política; e 18% acreditam que há apenas razões políticas por trás da denúncia.

Quem se classifica como centro, centro-esquerda e centro-direita apresentou uma percepção intermediária: 41% creem que há tanto fatos quanto motivação política na acusação; 30% apontam apenas motivação política, e 20% consideram as denúncias legítimas.

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O levantamento foi realizado entre 19 e 23 de fevereiro com 2 mil pessoas. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, e o nível de confiança é de 95%

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