Bolsonaro diz que será candidato em 2026: ‘Por que tenho que abrir mão?’
Ex-presidente voltou a se encontrar com o dirigente do seu partido, Valdemar Costa Neto, e disse que 'não abre mão' de ser candidato
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Siga noO ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a se encontrar com Valdemar Costa Neto, nesta quarta-feira (12/3), após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogar a medida que proibia o contato entre os dois. Em coletiva ao lado do dirigente de seu partido, Bolsonaro reafirmou que pretende ser candidato em 2026 e reclamou da inelegibilidade.
Apesar de reafirmar seu nome, o ex-presidente disse que seria bom cada partido lançar seu candidato e se unir no segundo turno. “Por enquanto, sou candidato. Os outros candidatos que você vê são Gusttavo Lima, (Ronaldo) Caiado (União Brasil), (Romeu) Zema (Novo)... Eles têm seus partidos, poxa”, disse.
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Bolsonaro ainda reclamou de estar sendo pressionado para apoiar um nome em 2026 e disse que nenhum outro candidato teria sua experiência. “Por que tenho que abrir mão do meu capital (político) para alguém? Eu não tenho que abrir mão. Vamos esperar o momento certo. Tenho uma experiência que ninguém tem, peguei uma pandemia, uma guerra e entreguei o governo no azul”, afirmou.
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O ex-presidente fez elogios ao seu ex-ministro e atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), mas desconversou quando foi questionado se o apoiaria na disputa pela presidência da República em 2026.
Bolsonaro disse que precisa conversar com Valdemar sobre o assunto, mas voltou a chamar a inelegibilidade de “injustiça”. “É justo eu ficar inelegível por que me reuni com embaixadores? Eu não me reuni com traficantes do morro do alemão. É negar a democracia e me tirar do processo, querer que burocratas, que nunca receberam um voto na vida, decidam quem pode ou não ser candidato é democracia?”, questionou.
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Bolsonaro foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em junho de 2023. O ex-presidente foi acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por causa de uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, ainda na campanha de 2022, quando fez uma série de ataques ao sistema eleitoral brasileiro. Com a decisão, ele não pode concorrer às eleições até 2030.