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Bolsonaro vai criticar comediante e erra as iniciais do detrator

'Tem um (comediante) que dá pancada em mim o tempo todo, que é o dono da verdade', disse o ex-presidente em entrevista ao Podcast Flow

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O ex-presidente Jair Bolsonaro errou as iniciais do comediante e adversário Danilo Gentili ao comentar a Guerra da Ucrânia. Em entrevista ao Podcast Flow, nesta sexta-feira (14/3), Bolsonaro tentou relacionar a disputa entre a Rússia e a Ucrânia ao fato do presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, ser um ex-comediante. No meio do raciocínio, o ex-presidente se lembrou do detrator e fez uma crítica, sem citar o nome dele.

"É uma coisa meio mal contada como começou aquela guerra. Eu fiquei três anos conversando com ele (Vladmir Putin). O Zelensky era um comediante, como você vê alguns por aí. Tem um que dá pancada em mim o tempo todo, que é o dono da verdade. DJ a sigla dele, mas deixa pra lá", disse Bolsonaro. O comediante é Danilo Gentili. O ex-presidente trocou o 'G' pelo 'J' ao citar as iniciais do comediante brasileiro.

Ex-presidente afirmou que antes da invasão da Ucrânia, Zelensky buscou entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e que o ingresso do país permitiria que armas pudessem ser colocadas próximo da capital russa.

"Quando ele (Zelensky) assumiu não tinha experiência nenhuma. Alguém buzinou no ouvido dele pra ele entrar para a OTAN. Entrar para OTAN tem um monte de regras, armamento, país solidário com o outro, um montão de coisas. Permitiria você colocar ogivas nucleares na fronteira com a Rússia, a cinco minutos de Moscou", afirmou o brasileiro, comparando a situação a Crise dos Mísseis de Cuba, em 1962, durante a Guerra Fria,  no qual armas soviéticas foram colocadas no país caribenho, o que gerou um tensionamento entre os Estados Unidos e a então União Soviética.

Já o comediante brasileiro, Danilo Gentili, que foi um importante aliado, rompeu com Bolsonaro em meados de 2019.

Na época, uma publicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em que afirmava estar "votando os destaques da reforma da Previdência", entre eles textos que beneficiavam categorias, como os policiais, foi alvo de críticas do comediante.

Desde então, a relação se deteriorou, tendo como ponto alto as acusações de que o filme "Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola", que havia sido largamente elogiado por parlamentares bolsonaristas, passou a ser acusado de apologista à pedofilia.

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Entre os parlamentares que mudaram de opinião e chegaram a pedir que o filme fosse excluído de plataformas de streaming, estavam os deputados Marco Feliciano (PL-SP), André Fernandes (PL-CE) e até o então secretário especial da Cultura e hoje deputado federal, Mário Frias (PL-SP).

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