José Guimarães defende unificação do PT em eleições pós-Gleisi
Partido dos Trabalhadores se prepara para o Processo de Eleições Diretas (PED) que vai substituir Gleisi Hoffmann no comando nacional da legenda
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Siga noO deputado federal José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara dos Deputados e vice-presidente do Partido dos Trabalhadores, defende que o próximo presidente da legenda seja um nome de unificação e pacificação das disputas internas. O parlamentar esteve em Belo Horizonte neste sábado (15/3) para um seminário da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), tendência interna majoritária do partido.
Marcado para julho, o Processo de Eleições Diretas (PED) do PT tem movimentado a executiva nacional, além dos diretórios estaduais e municipais. Atualmente, o favorito para comandar os petistas é o ex-prefeito de Araraquara (SP) Edinho Silva, candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Contudo, alas do partido têm demonstrado resistência ao nome do ex-prefeito. Na última semana, a Folha de S.Paulo reportou que membros da CNB levaram à Lula a possibilidade de lançar um nome que fizesse frente a Edinho, e que ele dificilmente seria eleito no próximo PED. O movimento seria uma continuidade da gestão da ex-presidente e atual ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PR).
José Guimarães, um dos nomes citados nessa disputa, disse que o importante no momento é um presidente que unifique o partido, “sobretudo após a exitosa gestão da presidenta Gleisi”. Ele destacou a importância do Nordeste para as vitórias de Lula, e lembrou que no Sudeste a legenda venceu apenas em Minas Gerais.
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“Pode ser do Sudeste, Nordeste, Norte. Para mim, o papel do Nordeste é sempre muito relevante, porque em todas as eleições do Lula nós ganhamos no Nordeste e ganhamos aqui em Minas. Aliás, no Sudeste o único que estado que ganhamos foi aqui. Por tanto, o nome é o nome que vai representar o Brasil, somos um partido nacional. Estou absolutamente tranquilo que vamos buscar o melhor caminho que pacifique o PT, unifique o PT, dialogando com o presidente Lula, mas fazendo a coisa que para mim é o mais importante: cuidar do PT”, disse.
Questionado se poderia concorrer, o parlamentar desconversou e disse que seu objetivo no momento é fazer os ajustes necessários para a gestão de Gleisi na secretaria de Relações Institucionais, responsável por articular o governo no Congresso.
“A minha missão no momento é liderar o governo do presidente Lula, fazer os ajustes necessários com a presidenta Gleisi. E vamos tratar, Minas Gerais sempre terá uma força muito grande e vamos estar juntos. Aliás, nas últimas eleições do PT, o Ceará sempre esteve ao lado de Minas, e Minas ao lado do Ceará. É por isso que estou aqui”, emendou.
Edinho criticou vazamento de reunião
No último domingo (9/3), Edinho reafirmou sua candidatura e criticou o vazamento da reunião de Lula com membros da CNB. Segundo ele, o encontro do presidente com os correligionários foi um gesto de unidade, “mas foi vazado como instrumento de luta interna”.
“O presidente Lula vai para uma reunião para que a gente possa construir unidade, e ela é vazada para a imprensa como instrumento de luta interna. Nós não podemos aceitar. Eu estou muito indignado com o que aconteceu, da forma como aconteceu”, disse.
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O ex-prefeito de Araraquara ainda disse que espera o apoio de Gleisi Hoffmann, a quem ele classificou como a “maior presidente da história do PT”. “Eu estive com a Gleisi as duas vezes que ela foi candidata a presidente. Mas também vou respeitar se eu não for o candidato dela. Acho que é assim que tem que ser um partido, a gente tem que respeitar as posições que são diferentes da nossa”, disse.