Bolsonaro após virar réu: 'Eu sou golpista?'

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se mostrou contrariado com a decisão por unanimidade da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de torná-lo réu por tentativa de um golpe de Estado.

"Eu sou golpista?", afirmou em entrevista coletiva, acompanhado de deputados e senadores bolsonaristas.

A cogitação para uma possível adoção de um Estado de Defesa ou Estado de Sítio, segundo o ex-presidente, foi estudada devido a um entendimento de que as urnas eletrônicas não seriam confiáveis.

Bolsonaro citou o caso da eleição de 2014 para justificar a possível adoção da medida. Na época, o então candidato Aécio Neves (PSDB) pediu uma auditoria independente, que havia dito que é impossível ser auditado de forma externa, mas que não possuía elementos para afirmar que o pleito foi fraudado.

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O ex-presidente também afirmou que outros países não usam o mesmo sistema eleitoral que o brasileiro.

Até a resistência do governo brasileiro em reconhecer a eleição de Nicolas Maduro na Venezuela, já que o país não divulgou as atas das urnas, foi usada por Bolsonaro para argumentar de forma favorável. O líder venezuelano e o brasileiro tiveram um tensionamento das relações após o pleito.

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Na época, em julho de 2024, Maduro afirmou que nenhum boletim de urna é auditado.