O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) questionou a investigação contra ele e seus aliados por uma tentativa de golpe e disse que será um problema para seus adversários mesmo estando “preso ou morto”. Em seu discurso durante ato em Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo (16/3), ele ainda pediu anistia aos condenados do 8 de janeiro de 2023.

Bolsonaro insinuou que não poderia ser investigado pela tentativa de golpe, uma vez que estava nos Estados Unidos e não teria poder sobre os manifestantes que invadiram a praça dos Três Poderes e atacaram os prédios públicos. O ex-presidente viajou para a Flórida poucos dias antes da virada de 2022 para 2023, e só retornou ao Brasil três meses depois.

“Só não foi perfeita essa história de golpe para eles porque eu estava nos Estados Unidos. Se estivesse aqui, estaria preso até hoje, ou quem sabe morto por eles. Eu vou ser um problema para eles preso ou morto. Mas eu deixo acesa a chama da esperança, da libertação do nosso povo. Afinal, o Brasil é um país fantástico”, disse.

Faixa no trio elétrico de Bolsonaro faz referência ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump MAURO PIMENTEL/AFP
Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) fez as principais críticas ao governo Lula MAURO PIMENTEL/AFP
Bolsonaro tinha expectativa de reunir 1 milhão de pessoas em Copacabana MAURO PIMENTEL/AFP
Bolsonaro pediu anistia aos condenados pelo 8 de janeiro de 2023 MAURO PIMENTEL/AFP
Bolsonaro sugeriu que Alexandre de Moraes, ministro do STF, interferiu nas eleições de 2022 PABLO PORCIUNCULA/AFP
Flávio Bolsonaro foi o único filho de Jair a discursar no ato PABLO PORCIUNCULA/AFP
Ex-presidente se defendeu das acusações de tramar um golpe de Estado PABLO PORCIUNCULA/AFP
Bolsonaro chegou a reclamar da mobilização: 'No 7 de setembro tinha mais gente' PABLO PORCIUNCULA/AFP
Bolsonaristas levaram faixas e cartazes com referência aos Estados Unidos MAURO PIMENTEL/AFP
Bolsonaro reuniu apoiadores em Copacabana, no Rio de Janeiro MAURO PIMENTEL/AFP

Bolsonaro ainda fez uma série de questionamentos ao ministro Alexandre de Moraes, seu antigo algoz no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também questionou o processo que o tornou inelegível até 2030, e distorceu os motivos da sua condenação.

“Afinal de contas, me tornaram inelegível por quê? Pegaram dinheiro na minha cueca? Alguma caixa de dinheiro no meu apartamento? Algum desfalque em estatal? Um processo foi porque me reuni com embaixadores. O outro porque subi no carro de som do Silas Malafaia", ressaltou.

Ele ainda sugeriu que as eleições de 2022 sofreram com interferência de Moraes, na época presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Todos os inquéritos do Morais são confidenciais, secretos. Ninguém pode saber de nada que está ali. Ele começou a investigar o presidente da República em julho de 2021, e não tinha um fato definido. Eles nos acompanhavam 24 horas por dia”, ressaltou.

Segundo Bolsonaro, o objetivo era minar o seu trabalho. “Houve sim mão pesada do Alexandre de Moraes nas eleições. Por exemplo, segundo decisão dele, eu não podia mostrar imagem do Lula defendendo aborto, não podia botar imagem do Lula defendendo ladrão de celular”, emendou.

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