O Partido Liberal (PL), sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, informou que vai representar no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados um pedido de cassação do mandato do deputado federal André Janones (Avante-MG).

O pedido ocorre após Janones reconhecer, em vídeo, a prática de rachadinha no seu gabinete e firmar um acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR) para devolver R$ 131,5 mil aos cofres públicos.

Na gravação que circula nas redes sociais, o parlamentar afirma que, de forma voluntária e sem qualquer pressão, aceitou o acordo de não persecução penal.

“Tive participação através da minha defesa técnica na elaboração do acordo e estou celebrando o mesmo de livre e espontânea vontade, sem nenhum tipo de coação”, afirmou Janones durante a audiência com a PGR. Ele também reconheceu os direitos de defesa, como o direito de permanecer em silêncio, e confirmou estar ciente dos fatos e das condições do acordo.

Além da devolução dos R$ 131,5 mil, Janones também pagará uma multa de R$ 26 mil, equivalente a 20% do montante. Janones deverá pagar R$ 80 mil em até 30 dias e o restante em 12 parcelas mensais. A investigação teve início após denúncias feitas por ex-assessores do parlamentar, que relataram à Polícia Federal a devolução de parte dos salários.

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Em um áudio de 2019, Janones havia explicado que a devolução de salários por parte de alguns de seus funcionários foi necessária para quitar dívidas da sua candidatura à Prefeitura de Ituiutaba, em 2016.

A Polícia Federal identificou, também, que o patrimônio do político aumentou de forma incompatível com seus rendimentos, em valores que variavam entre R$ 64 mil e R$ 86 mil.

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