Carlos sobre prisão domiciliar de Bolsonaro: 'Quase 100 dias de angústia'
Segundo ele, "nossas vidas viraram completamente de cabeça para baixo" desde que o ex-presidente passou a cumprir prisão
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Horas depois de relatos de que Jair Bolsonaro (PL) estaria emocionalmente fragilizado, chorando com medo de ser enviado ao Complexo Penitenciário da Papuda, o filho “02”, vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), usou as redes sociais para desabafar sobre os dias de “angústia, doação e dor” vividos pela família.
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Segundo ele, “nossas vidas viraram completamente de cabeça para baixo” desde que o ex-presidente passou a cumprir prisão domiciliar na mansão alugada pelo PL no condomínio Solar de Brasília.
“São quase 100 dias de angústia, doação e dor, dias em que todos nós tentamos, de alguma forma, diminuir o sofrimento e manter viva a vida de meu pai em meio a tudo o que estamos passando”, escreveu Carlos às 5h55 desta segunda-feira (27/10).
Diferente do tom rude e agressivo que marcou a trajetória política do clã, o vereador adotou uma linguagem mais melancólica, afirmando que “nada tem sido fácil” e descrevendo o cotidiano do pai às vésperas de uma possível transferência para a Papuda.
“Nada tem sido fácil. Cada dia é uma batalha e ver tudo o que ele tem enfrentado é dilacerante. Se para nós já é tão difícil, imagine para ele, isolado, sendo alvo de uma perseguição que não tem fim”, afirmou, reforçando a narrativa de vitimização do ex-presidente, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por chefiar uma organização criminosa que tentou um golpe de Estado.
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Choro com medo da Papuda
Bolsonaro não enfrenta mais crises de soluço como no passado, mas segue emocionalmente abalado. Tem chorado com frequência e demonstrado nervosismo diante da proximidade do julgamento final no Supremo Tribunal Federal (STF), que deve definir o local de cumprimento da pena.
Recuperado dos soluços físicos, o ex-presidente enfrenta agora um soluço político mais persistente: aquele que insiste em lembrá-lo de que o fôlego de seus tempos de poder pode ter ficado para trás.