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Conselho de Medicina cobra governo Lula por falta de vacinas

Entidade acusa o Ministério da Saúde de negligência e descaso e, em nota, exige providências para 2025

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O Conselho Federal de Medicina (CFM) está cobrando o governo Lula pela falta de vacinas na rede pública do país. Em nota, a entidade manifestou “profunda preocupação” com o que classifica como “falha de gestão” do Ministério da Saúde.

O texto, publicado na página oficial do CFM, afirma que um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) entre 29 de novembro e 12 de dezembro constatou que 65,8% dos municípios brasileiros vêm enfrentando escassez de vacinas – um percentual que, sustenta o conselho, aumentou em relação ao levantamento anterior (em setembro, era de 64,7%).

“Essa negligência na compra e distribuição de vacinas compromete diretamente a saúde pública e a segurança da população”, diz a nota.

“O Ministério da Saúde, responsável por assegurar o fornecimento adequado de imunizantes, tem falhado de maneira inadmissível em suas atribuições. Apesar de ter afirmado, em outubro, que o problema seria resolvido até o final do ano, a situação não apenas persiste como se agravou. Alegações de dificuldades de compra e problemas logísticos não podem justificar a negligência com uma questão tão essencial”, prossegue.

O CFM, que durante o governo de Jair Bolsonaro manifestou alinhamento ao então presidente, fala em descaso do governo Lula em relação à compra e ao abastecimento de vacinas na rede pública.

A nota sustenta que a vacina contra a varicela, por exemplo, está em falta em mais da metade dos municípios pesquisados pela CNM. Também estão indisponíveis parte da população os imunizantes contra a Covid-19, difteria, tétano, coqueluche, meningite e febre amarela.

A cobrança vem num momento em que a ministra Nísia Trindade (foto) é apontada como uma das candidatas a perder o cargo na reforma ministerial que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende fazer nos primeiros meses de 2025. O Centrão está de olho no cargo.

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