Aliados do governo, os sindicalistas não escondem a insatisfação com o pacote fiscal que limita o aumento do salário mínimo e mexe no BPC (Benefício de Prestação Continuada) e no abono salarial. “São temas caros para nós”, afirma o presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), Antônio Neto. Para a coluna, ele afirmou que não falta diálogo com o Planalto. Há muitas conversas. “O problema é que elas não dão frutos.”

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Juruna, reclamou no X, antigo Twitter. “É bom lembrar que esse governo disse que iria incluir o pobre no orçamento”, escreveu ele, lamentando o corte na política de aumento do salário mínimo.

Na CUT (Central Única dos Trabalhadores), o clima também não está favorável à política do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A ideia das centrais sindicais é fazer uma reunião logo na primeira semana útil de janeiro e preparar um enfrentamento da situação.

Tanto Juruna como Antônio Neto reclamam que nada do pacote fiscal foi discutido com os trabalhadores. “Ficamos sabendo pela imprensa”, diz Neto.

compartilhe