O Partido dos Trabalhadores (PT) não deverá aplicar punições aos deputados Marcon (RS), Natália Bonavides (RN) e Rui Falcão (SP) por votarem contra o segundo item do pacote fiscal proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Apesar de terem contrariado a orientação do governo na votação, que propunha mudanças no funcionamento de políticas sociais para controlar custos em situações de emergência, o partido não deverá penalizar os parlamentares.
A proposta rejeitada previa medidas como a limitação temporária de reajustes ao abono salarial para trabalhadores que recebem até dois salários mínimos e a criação de uma regulamentação mais rigorosa para o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). A resistência de parte da bancada petista evidenciou divergências internas quanto à estratégia fiscal do governo.
A decisão de não aplicar sanções reflete a tentativa de preservar a unidade dentro do partido, em um momento em que o governo busca aprovar outras medidas econômicas importantes no Congresso. Líderes do PT sinalizaram que o foco permanece em construir consensos para avançar com a agenda do Executivo, apesar das diferenças pontuais entre os parlamentares.