Ex-deputado fundador da primeira milícia do Rio apela ao STF
Fundador da primeira milícia, ex-policial e ex-deputado estadual do RJ Natalino Guimarães está preso em Bangu 1
compartilhe
Siga noChegou ao gabinete do ministro Dias Toffoli, do STF, um pedido de liberdade feito pela defesa do ex-policial e ex-deputado estadual do Rio de Janeiro Natalino José Guimarães, um dos fundadores da Liga da Justiça, a primeira milícia carioca.
Alvo de uma operação do Ministério Público do Rio contra grilagem de terras em Búzios (RJ), Região dos Lagos fluminense, Natalino está preso desde 10 de dezembro na cadeia de Bangu 1. O habeas corpus em nome dele no STF pede que a prisão seja revogada e substituída por regime domiciliar ou medidas alternativas, como o uso de tornozeleira eletrônica.
No pedido ao Supremo, os advogados do ex-deputado alegam que ele corre risco de morrer na prisão em razão de problemas de saúde. Segundo a defesa, Natalino já teve câncer, é diabético, hipertenso e tem problemas psiquiátricos. A presença dele, argumentou o habeas corpus, também seria fundamental para acompanhamento de um filho com esquizofrenia.
Os advogados ainda apontaram que não teriam participado da audiência de custódia que manteve a prisão de Natalino Guimarães, o que seria irregular. E reclamaram de ele estar preso sem autorização judicial em uma cadeia de segurança máxima com Regime Disciplinar Diferenciado.
Natalino e seu irmão, o ex-vereador carioca Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, estão entre os 226 indicados pela CPI das Milícias da Alerj, concluída em 2008, e foram condenados em 2009 por chefiarem a Liga da Justiça, grupo miliciano que atuava na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Natalino e seu irmão ficaram presos por onze anos, entre 2007 e 2018. Jerominho foi assassinado no Rio em agosto de 2022.