Polícia Federal fará novo adendo ao inquérito do golpe com novos suspeitos
Texto original indiciou 37 pessoas. Outras três foram incluídas na sequência e, agora, haverá novo acréscimo. PGR decidirá se oferecerá denúncia contra todos ao STF
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Siga noA Polícia Federal deverá, nos próximos dias, oferecer o segundo adendo ao inquérito do golpe. Apresentado em novembro, o texto inicial de 884 páginas pediu o indiciamento de 37 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Entre os acusados estão dois generais que estão presos, Mário Fernandes e Walter Braga Neto, que foi vice na chapa de Bolsonaro em 2022 e ministro-chefe da Casa Civil.
Depois do primeiro texto, a PF apresentou o indiciamento de outros três envolvidos na tentativa de golpe, que ainda não haviam sido ouvidos pelos policiais. Foram eles: i) o militar da reserva, suplente da senadora Tereza Cristina (PP-MS) e amigo de juventude de Bolsonaro, Aparecido Andrade Portela, que teria articulado a arrecadação para as ações ilegais; ii) o coronel Reginaldo Vieira de Abreu, que foi chefe de gabinete do então secretário-executivo de Fernandes na Secretaria-Geral da Presidência; e iii) o tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, kid preto que teria participado diretamente do monitoramento e plano de sequestro do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Agora, haverá novo acréscimo. Isso já era esperado por conta das novas operações que foram feitas depois da entrega do inquérito. Entre elas, a que resultou na prisão de Braga Neto. Os agentes fizeram uma busca e apreensão contra o general e também um de seus antigos assessores, o coronel Flávio Botelho Peregrino.
O inquérito atualmente está nas mãos da Procuradoria-Geral da República, que deve decidir se apresenta a denúncia ao Supremo contra todos os citados pelos crimes de abolição do Estado democrático de direito (pena de até 8 anos), golpe de Estado (pena de até 12 anos) e organização criminosa (pena de até 8 anos). Gonet pode também pedir o levantamento de mais provas. Ele faz a análise com a equipe de procuradores do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos (GCAA).