Agentes da Polícia Federal criticaram o governo Lula, e em especial a ministra da Gestão e Inovação no Serviço Público, Esther Dweck, por supostamente ignorar a proposta de reestruturação de cargos na PF apresentada a ela por Ricardo Lewandowski em agosto de 2024.

A crítica veio após Dweck anunciar, na última semana, uma Medida Provisória para reajustar salários de servidores federais e reestruturar carreiras. A medida que mais trouxe incômodo à Polícia Federal foi a criação de 750 novos cargos nas áreas de Defesa, Justiça e Segurança, com salários que variam entre R$ 9.711 e R$ 21.070.

Um dos principais pedidos da PF na minuta discutida por Lewandowski e Dweck era a criação dos cargos unificados, que na prática consistem na transformação dos atuais cargos efetivos existentes em um único plano estruturado no âmbito do Plano de Cargos do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A Medida Provisória anunciada pelo Ministério da Gestão e Inovação no Serviço Público criou novos cargos nas áreas de desenvolvimento de políticas nos ministérios da Defesa e da Justiça e Segurança Pública. A medida, portanto, não abarcou a reestruturação de carreira proposta pela Polícia Federal e, tampouco, segundo apurou a coluna, foi discutida com o Ministério da Justiça.

A coluna questionou o Ministério da Gestão e Inovação no Serviço Público sobre a Medida Provisória apresentada por Lewandowski ter sido ignorada, mas até o momento da publicação desta reportagem não houve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.

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