A reunião de Sidônio Palmeira com o Ministério da Saúde antes mesmo de tomar posse, na última quinta-feira, 9, foi vista por integrantes da pasta como um sinal de que a ministra permanecerá no cargo.
O primeiro compromisso do novo Secom de Lula na Esplanada foi no Ministério da Saúde, com o objetivo de turbinar a comunicação da pasta. O gesto foi interpretado como um sinal para a permanência de Nísia no cargo: se ela fosse ser exonerada, por que o novo ministro teria dado prioridade a ela?
Dois outros aspectos políticos reforçam a convicção de que a ministra fica.
Se Lula resistiu até agora em entregar ao Centrão a mais cobiçada pasta da Esplanada, ele não cederia na véspera do ano eleitoral, quando a Saúde pode ser uma importante moeda de troca para angariar apoio.
Tampouco faria sentido Nísia ser substituída por Alexandre Padilha, ministro da Secretaria de Relações Institucionais que já comandou a pasta. A troca poderia causar um estresse com o Centrão, que cobiça a pasta desde a transição de governo, e cobraria o Planalto se Nísia fosse retirada para acomodar o PT.