Da Côte D’Azur, vice do PT diz que Edinho ‘não tem representatividade’
O vice-presidente nacional do partido critica Edinho Silva por não conseguido eleger sua sucessora nas últimas eleições municipais e diz que ele não tem apoio de diretórios importantes
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Siga noUm dos principais opositores da candidatura de Edinho Silva ao comando do PT, o vice-presidente do partido Washington Quaquá volta a atacar. Desta vez, direto da Côte d’Azur, onde participa de um evento, ele diz que o ex-ministro da Secom e ex-prefeito de Araraquara (SP) “não tem representatividade”.
Quaquá afirma ainda que Edinho, o favorito de Lula na sucessão petista, não tem apoio dos diretórios do partido com maior número de filiações nos últimos anos, como os do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Pará e Ceará.
Segundo ele, o ex-ministro conta com o apoio “apenas de uma minoria de São Paulo” e da antiga direção da CNB (Construindo um Novo Brasil), a tendência majoritária do PT.
“Isso é muito pouco para dirigir o maior partido de esquerda do país e do presidente da República, que é o maior líder popular da história recente do Brasil”, disse o prefeito de Maricá (RJ).
Quaquá falou ao PlatôBR nesta terça-feira, 11, de Cannes, na riviera francesa, onde participa de uma feira imobiliária. Na semana passada, ele esteve em um jantar com Lula e membros da CNB na casa da agora ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais). Na ocasião, petistas do grupo manifestaram a Lula sua rejeição ao nome de Edinho.
Para o vice-presidente do PT, o partido “não pode ter como presidente alguém que não conseguiu eleger a sucessora em sua própria cidade, e que perdeu a eleição para o candidato do Bolsonaro lá”. Ele se referia à derrota da candidata de Edinho para sucedê-lo na prefeitura de Araraquara, a também petista Elaine Honain, nas últimas eleições municipais. Ela perdeu a disputa para o candidato Dr. Lapena, do PL de Jair Bolsonaro.
O ‘plano Dirceu’
Semanas atrás, Quaquá tentou articular a candidatura do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu para o comando do PT. Para ele e outras lideranças petistas, Dirceu seria um nome de consenso. O ex-ministro, que presidiu o partido entre 1995 e 2002, recusou a proposta porque deseja concentrar sua atuação à campanha a deputado federal nas próximas eleições.
Depois da tentativa fracassada de lançar Dirceu, Quaquá defendeu o nome de Paulo Okamoto, presidente da Fundação Perseu Abramo e amigo dileto de Lula. Agora, Quaquá defende a candidatura do senador Humberto Costa (PT-PE), escolhido presidente interino do partido na semana passada. Costa fica no cargo até a eleição, no início de julho.