Os novos ‘politicamente expostos’ do conselho da Vale
Dois dos três novos nomes apresentados pela Vale na chapa para o seu conselho de administração responderam ser ‘politicamente expostos’
Mais lidas
compartilhe
Siga noA chapa de 13 indicados pela Vale para compor seu conselho de administração entre 2025 e 2027, que será votada na assembleia geral de acionistas, em 30 de abril, inclui dois novos nomes de pessoas “politicamente expostas”. O termo define aqueles que ocupam ou ocuparam cargos públicos relevantes nos últimos cinco anos. A condição deve ser informada ao mercado.
Responderam estar nessa situação Anelise Quintão Lara, que, como mostrou a coluna, foi diretora de Refino e Gás Natural da Petrobras de março de 2019 a janeiro de 2021, no governo Bolsonaro; e o executivo holandês Wilfred Theodoor Bruijn, ex-CEO da Anglo American, que declarou ser cônsul honorário dos Países Baixos em Minas Gerais desde 2017. Ele ficará no posto até 2027.
Entre os três novos nomes indicados para o conselho de administração da mineradora, só o americano Franklin Lee Feder declarou não ser pessoa politicamente exposta. Feder é ex-presidente para América Latina e Caribe da Alcoa, gigante do alumínio.
Se aprovados, Anelise, Brujin e Feder vão substituir Douglas James Upton, Luis Henrique Cals de Beauclair Guimarães e Paulo Hartung, atuais conselheiros que estão de saída da Vale.
Além de Anelise Lara e Wilfred Brujin, ambos novatos, três dos atuais conselheiros da companhia mantidos na chapa se enquadram como politicamente expostos: Daniel Stieler, presidente do colegiado; Marcelo Gasparino, o vice; e André Viana Madeira, indicado pelos funcionários da mineradora.
Os outros sete integrantes da lista, todos membros do conselho atualmente, responderam não ser pessoas politicamente expostas: Fernando Jorge Buso Gomes, Heloisa Belotti Bedicks, João Luiz Fukunaga, Manuel Oliveira, Rachel Maia, Reinaldo Duarte Castanheira Filho e Shunji Komai.