Indicada pelo presidente Lula a uma vaga no STM (Superior Tribunal Militar), a advogada Verônica Sterman vai ter dificuldade em ter o nome aprovado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado.

Com exceção das nomeações para o STF (Supremo Tribunal Federal), a sabatina dos candidatos a outras cortes costuma variar entre leve e moderada. Deve ser diferente no caso de Sterman.

Integrantes da Justiça Militar e parlamentares acreditam que a advogada vai enfrentar um verdadeiro bombardeio da oposição – em especial, do senador Sergio Moro (União-PR), o ex-juiz que conduzia a Lava Jato e mandou prender Lula.

Sterman teve como cabos eleitorais a primeira-dama, Janja da Silva, e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. A advogada inclusive já atuou na defesa de Gleisi em casos também relacionados à Lava Jato. A petista foi absolvida.

Embora a expectativa seja de uma sabatina dura, a previsão no meio político e jurídico é que o nome de Sterman seja aprovado. A postura esperada de integrantes da CCJ, no entanto, indica que escolhas de Lula para tribunais superiores podem ser um foco de ataque da oposição.

Além da sabatina de Sterman, a CCJ aguarda a nomeação de dois novos integrantes do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que devem ser escolhidos por Lula em breve.

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