O joelho, lidera as estatísticas de incidência da osteoartrite, seguidas pelo quadril e pela mão -  (crédito: Freepik)

O joelho, lidera as estatísticas de incidência da osteoartrite, seguidas pelo quadril e pela mão

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A osteoartrite, condição degenerativa das articulações, a forma mais comum de artrite, acomete, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 528 milhões de pessoas em todo o mundo, marcando um aumento de 113% desde 1990. O joelho lidera as estatísticas de incidência, seguido pelo quadril e pela mão. Mas outras regiões do corpo, tais como coluna, dedos dos pés e das mãos, bases do polegar, coxofemorais e punhos também podem ser acometidos com a doença. Esse crescimento exponencial está intimamente ligado ao envelhecimento da população, além do estilo de vida mais sedentário, o sobrepeso e hábitos alimentares inadequados. Jovens e atletas, porém, também podem ser acometidos pela condição.

Mais do que apresentar os números crescentes, é fundamental que a população entenda mais sobre a doença, como se desenvolve, sintomas e formas de prevenção, já que o adiamento do tratamento pode ser debilitante e fazer com que a qualidade de vida do paciente seja prejudicada, limitando sua mobilidade e causando dor crônica.

Segundo o médico ortopedista especialista em coluna, Daniel Oliveira, a osteoartrite é resultado do desgaste gradual da cartilagem que reveste as extremidades dos ossos, causando dor, desconforto e inchaço nas articulações. “As causas podem variar desde fatores genéticos e envelhecimento até lesões articulares, obesidade e atividades físicas excessivas e os sintomas incluem dor nas articulações, especialmente após atividade física, desconforto matinal, redução da amplitude de movimento e crepitação das articulações.”

O diagnóstico, segundo o ortopedista, envolve exames físicos, histórico médico detalhado, amostra de líquido articular, e exames de imagem, como radiografias e ressonâncias magnéticas, e exames de sangue, para descartar outras doenças.

Prevenção

A prevenção, conforme Daniel, é o melhor caminho e envolve manter um peso saudável, praticar atividades físicas regulares e evitar lesões articulares. “Os exercícios de fortalecimento são importantes tanto no tratamento, já que diminuem a necessidade de medicações, devido a seu poder anti-inflamatório, como também como aliado para prolongar a vida útil das articulações. O ideal é seguir à risca a indicação médica para cada caso, com os exercícios adequados e a execução correta dos mesmos”.

Já a dieta a ser seguida, de acordo com o especialista, tem de ter como finalidade a diminuição do peso do paciente. “O peso equilibrado diminui a incidência da osteoartrite nos joelhos, por exemplo, e a perda desses quilos a mais, quando o problema já está instalado é fundamental, já que diminui os sintomas e retarda sua evolução.”

Tratamento

O tratamento varia de acordo com o diagnóstico, histórico de saúde e familiar e pode ser realizado através de medicações como analgésicos, anti-inflamatórios, infiltração com ácido hialurônico e condroprotetor, de exercícios físicos e fisioterapia e, em último caso, quando o quadro do paciente está bastante debilitado e irreversível, opta-se pela cirurgia. A medicina regenerativa também aparece, segundo Daniel, como um tratamento promissor em desenvolvimento.