Mosquito Aedes aegypti: fator importante que contribui para o aumento da transmissão da dengue está diretamente ligado às mudanças climáticas que o mundo enfrenta -  (crédito:  mika mamy/Pixabay)

Mosquito Aedes aegypti: fator importante que contribui para o aumento da transmissão da dengue está diretamente ligado às mudanças climáticas que o mundo enfrenta

crédito: mika mamy/Pixabay

 

Uma simples picada de um mosquito Aedes aegypti pode se transformar em uma fatalidade. A recente morte de Lívia Barbosa Contar, de 37 anos, irmã do ex-deputado estadual Renan Contar, o Capitão Contar (PRTB), traz à tona um alerta crucial sobre a banalização da doença. Com o destaque do Dia Nacional do Combate à Dengue, comemorado no último dia 18 de novembro, é essencial reforçar a importância da vacinação como medida preventiva contra essa ameaça.



De acordo com uma pesquisa recente, se já há reprodução do mosquito agora, imagine durante este período, com as chuvas e o clima quente. A tendência é que ocorra um aumento significativo na transmissão e no número de casos. Este ano, os registros de dengue já superaram os de 2022, aproximando-se perigosamente do pior momento já vivido, entre 2019 e 2020, podendo até mesmo ultrapassar o recorde de casos daquela época. Em 2023, até o final de abril, houve aumento de 30% no número de casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo período de 2022 em todo Brasil.

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Incidência de dengue e as mudanças climáticas

Um fator importante que contribui para o aumento da transmissão da dengue está diretamente ligado às mudanças climáticas que o mundo enfrenta. Pode parecer estranho relacionar os mosquitos da dengue com as alterações climáticas, mas esses dois elementos estão intrinsecamente ligados, resultando em um aumento na incidência da doença a cada ano.

Os médicos e diretores da Clínica Salus Imunizações, Marcela Rodrigues e Marco César Roque, destacam que, anualmente, em todo o mundo, os números de casos de dengue batem recordes. Isso ocorre devido às alterações climáticas, ao aumento da temperatura e à adaptação do mosquito em regiões onde antes sua circulação era insignificante, devido ao aquecimento global. Essa adaptação permite que o mosquito se espalhe para áreas anteriormente inacessíveis, colocando em risco populações inteiras.

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A dengue é uma doença grave, transmitida por meio da picada do mosquito Aedes aegypti, que se tornou mais resistente e adaptado a diferentes ambientes ao longo do tempo. Os sintomas incluem febre alta, dores musculares intensas, dor de cabeça, fadiga e erupções cutâneas. Em casos mais graves, pode levar à dengue hemorrágica, uma condição potencialmente letal.

Marco César Roque enfatiza que a vacina contra o dengue é um dos principais instrumentos para prevenir a doença. Ela é especialmente importante em áreas onde a transmissão da dengue é endêmica, ou seja, onde a doença é constante e frequente. Além disso, a vacinação pode reduzir a gravidade da doença e a probabilidade de desenvolver complicações graves, como a dengue hemorrágica.

“Diante desse cenário preocupante, a vacinação se torna uma medida essencial para combater a dengue. É crucial que a população esteja devidamente imunizada, contribuindo para a redução dos casos e, consequentemente, para a prevenção de óbitos. Além disso, é fundamental adotar medidas de prevenção em casa, como a eliminação dos criadouros do mosquito, o uso de repelentes e a proteção de janelas e portas com telas”, alerta Marcela Rodrigues.

Por isso, os médicos fazem um apelo à conscientização e à ação. Vacine-se e proteja-se contra essa doença perigosa e junte-se a luta para erradicar a dengue e garantir um futuro mais saudável para todos.