É crescente o número de pessoas ao redor do mundo que aderem ao estilo de vida vegana. A prática já não é mais uma novidade, o mercado gastronômico está repleto de restaurantes e marcas veganas e a tendência é só aumentar. Pesquisa feita pelo Ibope Inteligência, em abril de 2018, aponta que 14% da população brasileira já se considera vegetariana, ou seja, 30 milhões de pessoas. Nas regiões metropolitanas de São Paulo, Curitiba, Recife e Rio de Janeiro, esse índice é ainda maior, chegando a 16% da população. Em termos comparativos, houve um crescimento de 75% em relação ao ano de 2012, quando a mesma pesquisa foi realizada. Os veganos não ficam para trás: representam 3,2% dos brasileiros, ou seja, sete milhões.
O Brasil lidera no ranking de veganismo na América Latina, segundo uma pesquisa realizada pela Sociedade Vegetariana Brasileira. Apesar dos diversos benefícios, aderir ao estilo de vida vegano pode trazer alguns pontos ruins para a saúde - as deficiências nutricionais que podem surgir devido a uma dieta pobre em vitaminas, quando é retirado do cardápio um grupo alimentar inteiro.
“A deficiência de nutrientes não é exclusividade somente do perfil de alimentação vegano. Pode surgir em qualquer pessoa que não segue uma dieta saudável. Ela refere-se à ausência na alimentação ou absorção insuficiente de um ou mais nutrientes, podendo ocasionar desde desordens leves até complicações sérias à saúde. As carências mais recorrentes costumam ser a ausência de vitamina D e de ferro”, destaca a Head de qualidade da Manipulaê, Regiele Vieira.
De acordo com uma revisão acadêmica de mais de 160 pesquisas realizada por especialistas da Mayo Clinic, nos Estados Unidos, uma dieta vegana pode ser pobre nos seguintes nutrientes: vitamina B12, cálcio, ferro, vitamina D, proteínas e ômega 3.
Vitamina B12: é geralmente encontrada em alimentos de origem animal como o ovo, leite, carnes e peixes, por isso essa é uma das maiores preocupações de quem adere a uma dieta vegana. Também existem alimentos enriquecidos com a vitamina, como leites vegetais e manteigas, por exemplo.
Ômega 3: é um óleo de origem animal, mais especificamente de peixes. Tem como benefício atuar para o bom funcionamento dos olhos, coração e cérebro. Mesmo para pessoas que não aderiram ao veganismo, é interessante o uso desse suplemento, afinal, o consumo de peixes não é diário ou frequente, podendo causar déficit na saúde.
Vitamina D: é obtida pela exposição diária ao sol, sendo recomendado que seja feita pela manhã, antes das 10h, durante 15 minutos, ou por meio da ingestão de alimentos como ovos, queijo, carnes, peixes e frutos do mar. Dentre os benefícios da vitamina D, o aumento da imunidade, a regulação da concentração de cálcio e fósforo no organismo. Por isso, cuide dos níveis dessa importante vitamina. Com a rotina de trabalho, pode não ser possível se expor ao sol diariamente e manter uma alimentação equilibrada, muitas vezes, é difícil. Dessa forma, o uso de suplementos é a solução mais eficaz e prática, mantendo a saúde.