No mês de conscientização para a prevenção aos riscos de câncer de próstata, a Conexa, ecossistema digital de saúde integral, realizou um levantamento, utilizando sua base de dados, para descobrir se os homens acima de 50 anos cuidam da saúde masculina. Do total de 10.835 pacientes elegíveis no Brasil (que tem recomendação para fazer consultas e exames preventivos), somente 18% tiveram contato com um urologista após a idade recomendada.
“Este baixo número de consultas confirma o que percebemos no dia a dia: ainda há muito preconceito dos homens em relação ao exame de toque retal que é feito durante o atendimento a pacientes elegíveis”, disse Renata Alves Corrêa, urologista da Conexa.
O PSA, avaliação também utilizada para rastrear um possível câncer de próstata, é mais ‘popular’ entre esse público, segundo o estudo. Ela é mensurada por meio de enzima medida no sangue que, se passar de um certo limite estabelecido pelos especialistas, pode indicar que algo está errado. A pesquisa apontou também que 45% dos homens, com indicação de avaliação preventiva, fizeram esse exame sanguíneo.
“O PSA e o toque retal são procedimentos complementares e devem ser realizados anualmente; uma ou outra alteração da próstata pode ser detectada com o exame do urologista que não, necessariamente, vai aparecer na avaliação do sangue”, afirmou Renata. “Neste caso, o médico, ao notar algo fora da normalidade, investiga de forma mais apurada com pedidos e análises de uma biopsia ou ressonância, por exemplo”, complementa.
Esse estudo, o qual apontou um cuidado menor dos homens em relação à saúde masculina, foi feito por meio da plataforma de Health Analytics da startup. A tecnologia implementada pela Conexa dá suporte para fazer análise de dados de parte da população do sistema suplementar de saúde. Por meio de informações comportamentais relevantes de pacientes é possível subsidiar empresas e médicos nas tomadas de decisão, por meio de elaboração de protocolos padrão.
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A recomendação dos especialistas é de que os exames preventivos sejam feitos a partir dos 45 anos para as pessoas que já têm histórico na família e de 50 em diante para o restante da população masculina. ”O rastreamento precoce reduz em até 40% as chances de morte por câncer de próstata”, ressalta a urologista.