Os produtos proteicos vegetais vêm ganhando cada vez mais espaço no mercado. Um exemplo disso é o sucesso do notmilk high protein, bebida 100% plant-based da NotCo, que traz 15g de proteínas. Porém, ainda há muitos mitos em relação aos efeitos desses macronutrientes no organismo feminino.



Por isso, a líder da equipe de ciências biológicas da empresa, Ana Batista, resolveu desmistificar algumas questões sobre o assunto que ainda causam dúvidas. Confira:

Musculação e prática de exercícios físicos


Um dos principais mitos em relação ao consumo feminino de proteínas vegetais é o risco de uma deficiência do macronutriente, o que atingiria, principalmente, as praticantes de musculação e exercícios físicos. A verdade é que uma dieta à base de plantas bem planejada, com muitos alimentos vegetais e proteicos diferentes, pode garantir às mulheres uma rotina alimentar excelente e completa: “A variedade de fontes proteicas plant-based ajuda a mulher que realiza atividades físicas no seu dia a dia, seja uma atleta ou não”, diz Batista. “Além disso, a proteína vegetal normalmente tem menos gorduras saturadas, menor ingestão calórica e mais fibras e metabólitos benéficos (como os antioxidantes) do que a animal”, completa.

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Níveis de energia e resistência


Outra dúvida sobre as proteínas vegetais é se elas realmente trazem um impacto positivo na energia e resistência das mulheres. Ana Batista ressalta que isso é uma verdade, desde que os macronutrientes de origem plant-based façam parte de uma dieta equilibrada e saudável: “Os alimentos à base de plantas são ricos em hidratos de carbono complexos, conhecidos por serem fontes sustentadas de energia. Já no que se refere à resistência, o fato de possuírem moléculas anti-inflamatórias e menos gorduras saturadas é fundamental, porque evitam inflamações em geral e reforçam a saúde cardiovascular”, afirma.

Diferença no consumo de mulheres jovens e mais velhas


Mais uma verdade é que, em geral, as mulheres mais velhas têm uma maior necessidade de ingestão proteica do que as jovens, o que está relacionado à manutenção da massa muscular, cuja perda é associada à idade. Por esse motivo, Batista explica que é recomendada uma maior atenção à quantidade e qualidade das proteínas: “O público feminino mais velho pode se dar satisfeito ao ingerir leguminosas, cereais, frutos secos e sementes. Por outro lado, ambos os grupos podem ter necessidades diferentes em termos de nutrientes, que precisam ser acompanhadas por especialistas de acordo com o seu estado hormonal”, pontua Ana Batista.

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Uso por grávidas e lactantes


Um dos maiores mitos relacionados ao tema também é a não recomendação de dietas à base de plantas para mulheres grávidas e lactantes. Ana Batista ressalta que estes grupos podem consumir proteínas vegetais, mas devem ter certos cuidados por possuírem necessidades especiais: “Micronutrientes como o ferro e o cálcio são imprescindíveis para gestantes, porque apoiam no crescimento dos seus bebés e a produção de leite. O mesmo raciocínio se aplica ao Ômega 3 e a Vitamina B12. Por essas razões, a consulta médica e nutricional é indispensável para qualquer mulher que esteja nessas condições e queira seguir um plano alimentar plant-based”. 

Ação sobre a menopausa precoce


Alguns estudos associam o consumo elevado de proteínas vegetais a uma menor incidência de menopausa precoce. Já outros mostraram que não existe essa correlação. Ana Batista alerta que os vários resultados dessas pesquisas indicam que elas devem ser tomadas com precaução: “Não devemos tirar conclusões precipitadas; sabemos, por exemplo, que as isoflavonas, presentes em alguns produtos de soja, podem aliviar os sintomas da menopausa. Então, em resumo, o que podemos concluir é que um bom plano alimentar vegetal terá impacto na saúde geral das mulheres e, por consequência, há a possibilidade de impactar processos como a menopausa”.

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