BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O Ministério da Saúde tem mais da metade das vacinas compradas contra a varíola dos macacos encalhadas na pasta. Foram aplicadas 21.967 doses das 50.000 adquiridas até outubro deste ano.



A campanha de vacinação contra a varíola dos macacos, também chamada de Mpox, começou em março deste ano. As doses começaram a ser aplicadas cinco meses depois de o país receber o primeiro lote de vacinas contra a doença.

A pasta foi procurada oficialmente, mas não se manifestou até o encerramento do texto. A informação foi publicada inicialmente pelo jornal O Globo.

A vacina foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no ano passado, porém o governo anterior anunciou que ela seria utilizada em pesquisa. Em 26 de fevereiro deste ano, com a prorrogação do aval para o uso do imunizante pela agência reguladora, será possível ampliar o uso.

Em setembro deste ano, a Anvisa ampliou novamente o prazo para utilização do imunizante sem registro no país. O prazo se encerra em fevereiro de 2024.

A autorização se aplica à vacina da empresa Bavarian Nordic A/S, fabricada na Dinamarca e na Alemanha. Apesar de ser o mesmo produto, o imunizante é chamado de Jynneos nos Estados Unidos e Imvanex na Europa.

O imunizante é indicado para grupos específicos, como portadores de HIV e profissionais que trabalham em laboratórios e têm contato com o vírus.

Pode receber a vacina também quem já teve contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para a varíola dos macacos, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da OMS (Organização Mundial de Saúde).

Nesse caso, a pessoa deve ter entre 18 e 49 anos e deve comparecer ao serviço para vacinação entre 4 e 14 dias em que teve exposição ao vírus. Nesse período mais longo de tempo a previsão é que a efetividade da vacina para prevenção da infecção seja reduzida, segundo informe técnico.

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