De acordo com a Associação Médica Veterinária Americana (AVMA, da sigla em inglês), já são mais de 200 casos, desde o meio de agosto, registrados de cachorros infectados por uma doença respiratória, no estado do Oregon. A rara infeção provoca tosse prolongada, espirros, pingo do nariz e olhos, letargia, de acordo com o departamento de Agricultura do Oregon.

A doença, com causa desconhecida, pode levar o animal a hospitalização e a morte, principalmente de "cães mais velhos ou com problemas de saúde", como cita o jornal norte-americano "The New York Times". A diretora de um hospital veterinário na região do Colorado, Lindsey Ganzer, contou ao jornal que "já tratou 35 cães com esta patologia desde outubro e que quatro deles tiveram de ser eutanasiados ou morreram".



Os especialistas estão tentando encontrar um organismo em comum através das amostras recolhidas nas clínicas veterinárias e assim conseguir perceber de que patologia se trata. "Se o que identificamos é um organismo patogênico, é provável que esta bactéria corresponda a uma mutação espontânea ou que ao ganhar um gene de uma fonte diferente a tenha deixado mais virolenta", segundo o patologista de New Hampshire David B. Needle.

Com base na epidemiologia dos casos relatados neste momento, os casos parecem compartilhar uma etiologia viral (mesmo vírus causador), mas os testes de diagnóstico respiratório (para patógenos) comuns foram largamente negativos. Alguns casos apresentam resultados positivos para M. cynos (uma bactéria), mas não se acredita que esse agente seja o causador”, disse Andrea Cantu-Schomus, diretora do Departamento de Agricultura de Oregon, em nota à AVMA

Lindsey Ganzer alerta para algo em comum entre os animais infectados: a estadia em zonas com "alta concentração de cães", como hotéis para cães ou parques.

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Apesar dos casos, o diretor do abrigo Oregon Humane Society, Stephen Kochis, entrevistado pelo "The New York Times", defende que não é motivo para pânico, uma vez que se trata de um "pequeno número de cães afetados em todo o estado".


Órgãos de saúde e médicos veterinários vêm alertando para que donos observem sintomas e hábitos dos cachorros, sendo que, sintomas persistentes devem ser examinados pelo veterinário. Além disso, os donos devem garantir que o cachorros tomem todas as vacinas, incluindo a do vírus influenza, bordetella e pararinfluenza; evite que o pet compartilhe água com outros cães; e reduzir o contato com muitos cães desconhecidos e com animais doentes.  

 

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