O esquecimento é natural, acontece com todo mundo. Mas, a depender da frequência e da intensidade, pode ser uma fagulha inicial para consultar um médico e perguntar: será que é Alzheimer? Esse é o tema do novo episódio do podcast ‘Curso da Vida’, que traz debates pela ótica do envelhecimento, com base nos temas abordados na Revista Mais 60, publicação do Sesc São Paulo. Intitulado “Doença de Alzheimer”, o quinto episódio está disponível nos serviços de streaming de áudio.
No bate-papo, os apresentadores Renan Sukevicius e Juliana Dantas recebem Marimelia Porcionatto, biomédica e professora da Escola Paulista de Medicina; Deusivânia Vieira da Silva Falcão, psicóloga e professora da USP na área de psicogerontologia; e o artesão João Stanganelli Júnior.
Segundo a Organização da Saúde (OMS), cerca de 130 milhões de pessoas no mundo viverão com algum tipo de demência até o ano de 2050. A doença de Alzheimer não é a única causa, mas está entre as principais. Por isso, estar atento aos sinais e não naturalizar o esquecimento como se fosse “coisa da velhice” é fundamental para lidar com possíveis diagnósticos da demência.
Normalmente, o Alzheimer tem relação com a idade avançada, mas não exclusivamente. O paciente passa a ter um comprometimento neurológico gradual, que se traduz em perda de memória recente, dificuldade de resolver problemas, alterações de personalidade e menos habilidade de fala e comunicação.
E quando o assunto é diagnóstico, surge também o questionamento sobre a prevenção e detecção precoce. De acordo com a biomédica e professora Marimelia Porcionatto, ainda não é possível detectar a doença de maneira precoce, a não ser que seja um caso de Alzheimer familiar.
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Deusivânia, psicóloga e professora, conta que acompanhou toda a trajetória da avó que recebeu o diagnóstico da doença. Para ela, a psicoeducação é fundamental na vida dos familiares e da pessoa que começa a ser assistida. “Há muita falta de conhecimento e estigmas que existem em torno do Alzheimer. Quando não temos conhecimento sobre a doença a gente estigmatiza uma pessoa nessa condição. A gente não pode esquecer que aquela pessoa é alguém, além de ter a doença. Ela não é a doença de Alzheimer, é uma pessoa que tem a doença de Alzheimer”, pontua.
O podcast está sendo lançado em paralelo à celebração dos 60 anos do Trabalho Social com Pessoa Idosa, uma iniciativa da instituição.