Autoridades de saúde uruguaias notificaram alerta para doença viral equina que causou emergência na Argentina -  (crédito: Foto ilustrativa/TJMG)

Autoridades de saúde uruguaias notificaram alerta para doença viral equina que causou emergência na Argentina

crédito: Foto ilustrativa/TJMG

A doença viral equina detectada no Uruguai é a mesma que causou uma emergência sanitária na Argentina, informaram autoridades uruguaias, após a tipificação do primeiro caso, relatado em um cavalo no departamento fronteiriço de Salto no fim de semana.

Análises laboratoriais confirmaram que se trata da encefalomielite equina do oeste (EEO), mais leve das três variantes da doença viral, informaram os ministérios da Saúde Pública (MSP) e da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP).

O vírus é transmitido pela picada de um mosquito infectado e afeta principalmente cavalos, mas também pode infectar outros mamíferos, incluindo pessoas, embora não tenha sido reportado nenhum caso em seres humanos no Uruguai.

A doença causa febre alta, dor de cabeça intensa, fraqueza muscular e convulsões, e pode ser fatal. Em cavalos, os principais sintomas são febre, letargia, falta de coordenação, cegueira e convulsões.

Segundo o vice-diretor da Direção Geral de Serviços Pecuários do MGAP, Jorge Viera, esta é a primeira vez que a EEO é detectada em animais no Uruguai.

A maioria dos casos foi notificada na fronteira com a Argentina, que decretou emergência sanitária na última quinta-feira, devido a surtos no centro e nordeste do país. Também houve casos isolados no sul e centro do Uruguai, disse Viera, ressaltando que a mortalidade não chega a 1%.

A proliferação de mosquitos, acentuada pelas cheias que afetam o norte do país há mais de 45 dias, preocupa as autoridades. "As nuvens de mosquitos são imponentes", disse Viera, lembrando que os insetos picam aves migratórias portadoras do vírus e, depois, infectam animais e pessoas.

Viera acrescentou que as vacinas, que existem para os cavalos, previnem apenas as variantes do Oeste e Leste, mas não a venezuelana, mais forte das três. No entanto, os cavalos não costumam ser vacinados, exceto os esportivos, uma exigência para que possam competir.

O custo da imunização, que precisa ser feita anualmente, varia de US$ 22 (R$ 108) a US$ 28.

ad/dga/lb/am