O HIV ainda é considerado uma epidemia no Brasil e no mundo -  (crédito: Ilona Shorokhova/Freepik)

O HIV ainda é considerado uma epidemia no Brasil e no mundo

crédito: Ilona Shorokhova/Freepik

Em 2022, o Ministério da Saúde registrou 10.994 mortes atribuídas ao HIV, marcando uma redução de 8,5% em comparação aos 12.019 óbitos contabilizados em 2012. De acordo com o novo Boletim Epidemiológico sobre HIV divulgado pelo Ministério da Saúde, do total de óbitos, 61,7% foram pessoas negras (47% pardas e 14,7% pretas), enquanto 35,6% foram pessoas brancas. Os números mostram a importância da campanha Dezembro Vermelho, que alerta para a prevenção, a assistência e a proteção aos direitos humanos dos portadores de HIV.

Para o professor de medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB) e ginecologista Nícolas Cayres, o HIV ainda é considerado uma epidemia no Brasil e no mundo. Com o aumento das campanhas reforçando a prevenção, a incidência da AIDS tem diminuído. “O objetivo do Dezembro Vermelho é conscientizar a população sobre sinais e sintomas de HIV e AIDS. A campanha também mobiliza quem está nos grupos de risco a realizar o exame. Através do diagnóstico precoce do HIV, conseguimos evitar que a AIDS aconteça”.



Veja três medidas cruciais para prevenir a doença:

Caso o paciente descubra que tem HIV

Deve procurar um infectologista imediatamente, seja no Sistema Único de Saúde (SUS) ou em uma clínica privada para começar o esquema de tratamento retroviral. No Brasil, o SUS distribui gratuitamente os medicamentos para pacientes com o HIV. A partir do vírus controlado, os casos de AIDS são muito menores e os pacientes podem ter uma excelente qualidade de vida.

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Vida sexual exposta a riscos

Para o indivíduo com o hábito de ter relações sexuais sem preservativo, o teste de HIV é fundamental para o diagnóstico precoce do vírus. O uso do preservativo é indispensável no quesito prevenção de infecções sexualmente transmissíveis.

Medicação antirretroviral Pré-Exposição (PreP/HIV)

A medicação, oferecida gratuitamente em hospitais públicos, consiste na tomada diária de um comprimido que permite ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o vírus. Profissionais do sexo e pessoas com o histórico de múltiplos parceiros possuem prioridade para iniciar o tratamento pelo SUS.