Adotar hábitos para controlar o estresse e melhorar a qualidade do sono é fundamental para manter a pele bonita e saudável -  (crédito: Freepik)

A insônia, que é a dificuldade de iniciar ou manter o sono, está associada a múltiplos desfechos negativos, incluindo aumento do risco de depressão, dependência de álcool, hipertensão, síndrome metabólica e doença coronariana

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Um grupo de pesquisadores (dois psiquiatras e um neurologista especializado em cefaleia) da Faculdade de Medicina e da PUC Minas busca voluntários para colaborar com a pesquisa Avaliação da qualidade do sono e da frequência de cefaleia nos estudantes universitários após a pandemia de COVID-19. O sono é considerado um dos pilares da saúde, e uma de suas funções é contribuir para o aprendizado e a consolidação da memória. No entanto, os estudantes universitários têm dormido cada vez menos nos últimos anos, especialmente após a pandemia de COVID-19, conforme indicam estudos internacionais e queixas, cada vez mais constantes, dos próprios alunos de medicina.

Segundo o coordenador da pesquisa, o professor Rogério Gomes Beato, do Departamento de Clínica Médica da UFMG, os estudantes universitários compõem grupo de risco para transtornos do sono, cujos principais distúrbios são a privação voluntária de sono e a insônia. “É comum os estudantes se queixarem de que não têm tempo para dormir em razão das demandas da vida acadêmica, pessoal e, às vezes, do trabalho. Mas dormir pouco cronicamente está associado ao pior desempenho da memória, o que pode afetar o desempenho acadêmico”, alerta o pesquisador.

A insônia, que é a dificuldade de iniciar ou manter o sono, está associada a múltiplos desfechos negativos, incluindo aumento do risco de depressão, dependência de álcool, hipertensão, síndrome metabólica e doença coronariana. A insônia também leva a perda de produtividade, aumento da utilização dos cuidados de saúde e redução da qualidade de vida, segundo estudo de pesquisadores ingleses publicado na revista Sleep Medicine Reviews, no ano passado.

O professor Beato destaca que o estudo, que promove ampla revisão bibliográfica sobre tema, revela tendência de os estudantes dormirem cada vez menos e se queixarem cada vez mais de estresse e má qualidade do sono. “E os transtornos do sono podem piorar a frequência e a intensidade da cefaleia – por exemplo, da migrânea (enxaqueca) e da cefaleia tensional, que são as mais comuns. Outro aspecto é que as atividades on-line e o uso dos eletrônicos aumentaram consideravelmente durante a pandemia, o que contribui para piorar esses sintomas”, observa.

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Formulário


Para colaborar com a pesquisa, os estudantes universitários de graduação e de pós-graduação devem responder ao formulário eletrônico, que reúne perguntas relacionadas à vida acadêmica, ao trabalho, à moradia, a hábitos de vida, como lazer e atividade física, além de questões sobre qualidade e tempo do sono, sonolência excessiva durante o dia e sintomas de insônia.

Os voluntários receberão resposta automática com o resultado das principais respostas e sua interpretação e ainda dicas sobre melhoria da qualidade do sono. Eles também serão encorajados a buscar ajuda em caso de necessidade.

Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail lamedsono.ufmg@gmail.com