Para Medicina Tradicional Chinesa (MTC), as orelhas são uma espécie de micromapa do organismo, em que cada região anatômica representa uma parte do corpo humano. Por meio de estímulos auriculares pode se tratar os mais variados problemas de saúde física, mental e emocional, aplicando técnicas de acupuntura, e até diagnosticar doenças.



Assim como a acupuntura, a auriculoterapia tem como objetivo equilibrar as funções do organismo, estimulando o fluxo de energia ativando os chamados pontos reflexos com aplicações de agulhas, sementes ou fixando pequenas pastilhas de silício, também conhecidas como stiper.

Combinada com acupuntura, a auriculoterapia aumenta o estímulo no organismo, melhorando a resposta do paciente ao tratamento. A técnica otimiza a terapia para dores crônicas, como fibromialgia, enxaqueca, artrite e artrose. Ainda na parte física, ajuda no emagrecimento, superar vícios, controlar alergias, tratar das disfunções renais, hepática, cardíacas, respiratórias e digestivas.

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A combinação de técnicas é ainda indicada para tratar de doenças emocionais, como depressão, insônia, ansiedade, Síndrome do Pânico, entre outros. E na parte estética, auxilia na drenagem linfática, no combate à flacidez, minimiza as rugas e previne o envelhecimento precoce.

Poder do silício

Há casos em que a estimulação na orelha é mais eficaz e rápida do que a acupuntura sistêmica, observa Roselaine Oliveira, acupunturista e especialista em auriculoterapia. Ela cita entre os exemplos a redução e controle da pressão arterial, dores na coluna, torcicolo e psoríase.

Entre as técnicas utilizadas para tratamento, a terapeuta destaca as aplicações de pastilhas de silício da stiper, conhecida como ‘stiperterapia’, que substituem com vantagem as sementes. Além de perecíveis, as sementes causam desconforto e até pequenos ferimentos, que interferem nas condições do paciente.

Já as pastilhas de stiper podem ser usadas com segurança e não exercem pressão, muitas vezes dolorida. “Os cristais de quartzo têm como característica a capacidade de modular a frequência energética, estimulando a circulação na região correspondente à disfunção e sem causar dor”, afirma Roselaine.

O que as orelhas revelam

Na auriculoterapia avaliativa todo o desequilíbrio do paciente e a evolução do tratamento são acompanhados observando as alterações refletidas nas orelhas.

A orelha é um microssistema que tem correspondência com todo corpo por meio de regiões e pontos reflexos representados estrategicamente na orelha em forma de um feto invertido.

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“O lóbulo é uma região de pontos reflexos da face e cabeça, mas no diagnóstico a avaliação vai muito além de observar as alterações desses pontos”, afirma Roselaine. O tamanho dessa região anatômica, revela a constituição genética herdada dos pais (quanto maior o lóbulo, melhor é a herança genética), os sulcos e a firmeza dos lóbulos, entre outros aspectos, também trazem informações importantes.

Ela explica que cada área dos sulcos, que cortam o lóbulo, traz informações diferentes. “Alterações no sulco das coronárias indica doenças cardiovasculares. Sinais no sulco do tinnitus apontam disfunção no ouvido e outras alterações auditivas, como zumbido. E marcas no sulco do psiquismo são indícios de problemas relacionados à memória, como dificuldade de concentração e até mesmo Alzheimer”, cita Roselaine.

A aparência do lóbulo, por sua vez, revela a qualidade do QI do rim, ligado à vitalidade: “Com o envelhecimento, o lóbulo se torna cada vez mais flácido. No entanto, em muitos casos é possível observar esse processo acontecendo de uma forma precoce”, destaca a especialista.

Roselaine está utilizando máscara de silício da stiper para melhorar o aspecto das orelhas, minimizar os sulcos e rugas, eliminar cravos superficiais, reduzir as manchas, e dessa forma, preparar o pavilhão auricular para aplicação dos pontos já com um impulso inicial do tratamento.

A aplicação ainda está em fase experimental, mas de acordo com Roselaine, já apresentou excelentes resultados. O cosmético ativa a circulação proporcionando uma cor uniforme do pavilhão auricular com esse resultado, verificamos uma melhora do aspecto geral do pavilhão auricular e consequentemente no organismo”, descreve.

Tanto as pastilhas como a máscara de silício podem ser usadas inclusive por crianças, sendo contraindicadas para pessoas que têm ferimentos na orelha.

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