Hoje, dia 13 de dezembro, quarta-feira, quatro instituições públicas, localizadas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul irão fazer uma espécie de “mutirão”, realizando em um só dia 14 cirurgias para remoção de tumores malignos por ablação. Os procedimentos serão no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Icesp e InRad), na capital paulista, Hospital do Amor, em Barretos (SP), Inca (Instituto Nacional do Câncer), no Rio de Janeiro e Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre (RS). O movimento foi batizado de “Dia Nacional da Ablação no SUS”.
“O objetivo dessa mobilização é informar a população e a comunidade médica sobre a ablação por radiofrequência e por micro-ondas, buscando não apenas compartilhar conhecimento sobre a técnica, mas também ressaltar o compromisso dessas instituições com a oferta de tratamentos de ponta no enfrentamento do câncer. Também queremos chamar a atenção dos órgãos competentes para que esse o acesso a esse tipo de tratamento seja ampliado no SUS. , explica Marcos Menezes, chefe do centro de intervenção guiada por imagem do Instituto de Radiologia do HCFMUSP (InRad).
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A ablação é uma solução minimamente invasiva, promissora no tratamento de alguns tipos de tumores malignos, sem cortes e que pode ser realizada em caráter ambulatorial, na maioria das vezes. É indicada principalmente para o tratamento de pequenas lesões primárias de fígado e rim, assim como algumas metástases hepáticas e pulmonares (até 3 lesões com até 3 centímetros), algumas pequenas lesões primárias e metastáticas ósseas. O método é aplicado sem a necessidade de incisões cirúrgicas, e representa um marco na abordagem terapêutica contra o câncer.
Agulha ou sonda especial
Durante o procedimento, uma agulha ou sonda especial é posicionada no interior do tumor, guiada por um método de imagem (tomografia ou ecografia), e ondas de radiofrequência são aplicadas com precisão, visando à destruição das células cancerígenas. Essa abordagem inovadora oferece benefícios como menor tempo de recuperação e redução dos riscos associados à cirurgia tradicional. “A inclusão da ablação no rol do SUS poderá beneficiar um número cada vez maior de pacientes oncológicos”, diz Menezes.
O InRad já fez o procedimento e, apesar de ainda não constar no rol do SUS, o mesmo é realizado frequentemente no Instituto. “Somos um hospital escola, portanto o papel do InRad no treinamento e na formação de profissionais aptos a realizar a ablação foi crucial”, afirma o médico.
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O procedimento já é oferecido em hospitais da rede particular e em alguns centros públicos de saúde, por iniciativa própria das instituições. Atualmente, a Comissão de Incorporação de Tecnologias (Conitec) do Ministério da Saúde analisa pedido feito pela Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista para inclusão da ablação térmica para tratamento de câncer de cólon e reto com metástase no fígado.
A proposta está em fase de consulta pública e se encerra neste dia 13 de dezembro. Para votar, acesse este link.