Com as altas temperaturas no verão, é normal o desconforto, mas bebês estão mais propensos à perda de líquidos que podem resultar em problemas de saúde com o calor, como a desidratação. Pelo fato dos pequenos não conseguirem comunicar verbalmente o que estão sentindo, os pais e responsáveis devem ficar atentos aos sinais que nem sempre são semelhantes aos dos adultos.

A pediatra do Eco Medical Center, Fabiana Bernieri, orienta aos pais redobrar a atenção neste período. “Os bebês sentem bastante calor, mas como não falam, acabam manifestando a sensação de uma maneira diferente. Eles costumam ficar chatinhos, irritados e chorosos”, explica.

É importante analisar as alterações na pele. Por ser fina e sensível, é comum o surgimento de pequenas bolinhas d’água devido ao suor (brotoejas), com sintomas de vermelhidão, queimação e coceira. Além disso, roupas leves e confortáveis são as mais indicadas para essa estação.



Outro alerta é para a desidratação dentro de casa. Apesar do bebê estar protegido, a pediatra explica que as temperaturas altas em ambientes abafados e quentes podem contribuir com a desidratação. “O mais indicado é deixar a casa bem ventilada, com as janelas abertas e, se possível, com o ar-condicionado ligado. Assim conseguimos manter uma temperatura estável, porém tem que estar com filtro de ar em dia, limpo e com uma temperatura entre 22 e 23 graus, para manter a criança fresquinha”, diz Fabiana.

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Segundo a pediatra, alguns cuidados precisam ser habituais para evitar os problemas de saúde. São eles:

Hidratação

O leite humano é suficiente para a hidratação, sendo o alimento mais completo nos primeiros meses de vida. “O bebê que mama fórmula e já tem mais de seis meses, deve tomar mais água ao longo do dia. Os maiores de um ano já podem tomar água, sucos de fruta e água de coco”, informa a pediatra.

É importante destacar que antes do sexto mês a criança não precisa de outra alimentação como chá, suco, água ou outro tipo de leite. Somente depois dos seis meses que a amamentação deve ser complementada com outros alimentos, sob a orientação de um especialista.

Exposição solar

A pediatra alerta para evitar o sol entre às 10h e 16h porque há uma maior emissão de raios solares, aumentando o risco de insolação e queimadura. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a exposição solar não deve acontecer antes dos primeiros seis meses de vida. Para os bebês acima de seis meses, o ideal é 20 minutos fora desse período.

Proteção da pele

O recomendado pelo Ministério da Saúde é que o protetor solar seja usado a partir dos seis meses. É importante aplicar o filtro a cada duas horas e usar chapéus ou bonés para proteger o rosto da criança quando ela estiver no sol.

No verão também é comum as picadas de insetos, mas é preciso tomar cuidado porque elas podem desenvolver alergia no bebê. “Sempre que possível, em bebês maiores de três meses, fazer o uso do repelente quando exposto a situações em que podem acontecer picadas”, reforça a pediatra.

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