A pré-diabetes é uma condição reversível e cujo tratamento envolve intervenções para mudar o estilo de vida, como: alimentação saudável e balanceada, redução do consumo de alimentos hipercalóricos, ultraprocessados e carboidratos e prática regular de exercícios físicos -  (crédito: Shane Cromer/Pixabay)

A pré-diabetes é uma condição reversível e cujo tratamento envolve intervenções para mudar o estilo de vida, como: alimentação saudável e balanceada, redução do consumo de alimentos hipercalóricos, ultraprocessados e carboidratos e prática regular de exercícios físicos

crédito: Shane Cromer/Pixabay

Segundo o Atlas da International Diabetes Federation (IDF), cerca de 18 milhões de pessoas são pré-diabéticas no Brasil. A pré-diabetes é um estágio intermediário entre o padrão saudável de açúcar no sangue e a diabetes mellitus tipo 2, caracterizado pelo aumento dos níveis de glicose no sangue, mas não a ponto de ser diagnosticado como diabetes. Quase 17 milhões de adultos vivem com diabetes no Brasil, de acordo com dados da pesquisa Vigitel e estima-se que a incidência da doença chegue a 23,2 milhões de pessoas no país em 2045.

“Exames de sangue cuja glicose no resultado varia entre 100 e 125 mg/dl, acima do normal, que seria até 99 mg/dl, aponta que o paciente entrou em na faixa de risco que chamamos de pré-diabetes. Em muitos casos, a pré-diabetes deve ser encarada como um alerta do corpo para o alto risco do desenvolvimento da diabetes e o aumento das chances de complicações cardíacas, falência renal, cegueira e amputação de membros”, esclarece a endocrinologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Caroline Castro.

Em geral, não apresenta sintomas perceptíveis. A pré-diabetes tem seu diagnóstico feito por meio de exames de sangue e glicemia. Em casos raros, a pessoa pode apresentar acantose, que é o escurecimento das dobras da pele nas regiões das virilhas, axilas e pescoço.

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Recomenda-se que pessoas com idade a partir dos 45 anos façam testes regulares de glicemia. Quem está abaixo dessa faixa etária, mas tem fatores de risco como hipertensão, histórico familiar de diabetes tipo 2, diabetes na gestação, ovário policístico e excesso de peso, também deve ser testado.

Fatores de risco

A pré-diabetes tem como principais fatores de risco: ganho de peso, alimentação hipercalórica, sedentarismo e herança genética. “É importante prestar atenção e procurar atendimento médico sem demora, pois nesse estágio o quadro pode ser revertido. O problema é que muita gente relaxa e não se trata. Depois de desenvolvida, a diabetes não tem cura e traz consigo diversos problemas de saúde, além do uso diário de medicamentos ou aplicação de insulina”, explica a especialista.

O ganho de peso se destaca como um dos principais fatores de risco da pré-diabetes, pois faz com que o pâncreas produza mais insulina com o intuito de tentar reduzir e controlar os níveis de açúcar. Contudo, o corpo não percebe o aumento na produção de insulina como algo positivo. Com isso, cria-se o estado de resistência insulínica, em que mesmo com uma grande quantidade de insulina disponível, ela não é mais efetiva no organismo.

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Tratamento

A pré-diabetes é uma condição reversível e cujo tratamento envolve intervenções para mudar o estilo de vida, como: alimentação saudável e balanceada, redução do consumo de alimentos hipercalóricos, ultraprocessados e carboidratos; prática regular de exercícios físicos; perda de peso, caso haja excesso de peso.

Em alguns casos, medicamentos podem ser prescritos pelo médico para ajudar a controlar os níveis de glicose no sangue. “Em todos os casos, a pré-diabetes não pode ser ignorada. Controlar os níveis glicêmicos e estabelecer um estilo de vida saudável é o caminho para evitar o surgimento da diabetes e suas consequências debilitantes”, alerta a endocrinologista Caroline Castro.