
Consumo de arsênico por homens é fator de risco para diabetes
Exposição a baixos níveis da substância pode acontecer por água contaminada e é comum em países como México e Bangladesh
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Siga noA exposição crônica ao arsênico (em níveis não letais) está associada ao desenvolvimento de diabetes Tipo 2, sobretudo em homens, aponta pesquisa realizada pela Universidade de Cornell, em Nova York. A contaminação pela substância costuma ocorrer pelo consumo de água de lençóis freáticos afetados pelo arsênico, comum em países como Bangladesh e México.
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O resultado encontrado pelos cientistas abre possibilidades de investigação. "Nosso artigo possibilita uma base para futuras investigações sobre como o mecanismo da exposição ao arsênico leva a diabetes, sobre essa diferença entre homens e mulheres e sobre potenciais estratégias terapêuticas", afirma Praveen Sethupathy, professor de Fisionomia Genômica e um dos autores do estudo.
Os ratos do experimento foram expostos por um mês ao arsênico — em dose não letal — em água potável. Depois, os cientistas analizaram o fígado e os tecidos adiposos que estão relacionados a diabetes. Apenas nos ratos machos com o gene humano foram encontrados sinais de possível desenvolvimento da doença, como a resistência à insulina.
Além disso, os pesquisadores acharam nos ratos machos um biomarcador chamado miR-34a, relacionado à resistência à insulina nas diabetes tipo 2 e também em outras doenças. "Isto sugere que miR-41a é uma forma que pode potencialmente ser utilizada para identificar indivíduos que vivem em áreas com arsênico", considera Jenna Todero, estudante de doutorado e autora principal da pesquisa.