Confinada no Big Brother Brasil há uma semana, a modelo e empresária Yasmin Brunet vem sofrendo duras críticas de alguns participantes da casa, isto porque a “sister” desencadeou um grave transtorno, que já havia sido controlado do lado de fora, mas que voltou com tudo com a pressão e os desafios do programa: a compulsão alimentar.
“Distúrbio caracterizado pelo consumo excessivo e desenfreado de alimentos em um curto período de tempo, a compulsão alimentar, muitas vezes, vem acompanhada por uma sensação de falta de controle durante o episódio”, explica a nutricionista Ana Paula Braun da Clínica Execelência.
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Segundo a nutricionista, essa condição é frequentemente associada a sentimento de culpa, vergonha e desconforto físico, após a ingestão exagerada de comida. “Mas a compulsão alimentar vai além de um simples momento de descontrole ocasional, pois é um padrão recorrente de comportamento, associado a diversos fatores, incluindo questões emocionais, genéticas, sociais, ambientais e que pode levar a sérias consequências para a saúde física e mental”, diz Braun.
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Tentativa e lidar com emoções difíceis
A nutricionista explica que a compulsão alimentar está, na maioria das vezes, relacionada a uma tentativa de lidar com emoções difíceis, como ansiedade, estresse, tristeza ou tédio: “A comida pode servir como uma forma de conforto temporário ou mesmo fuga, proporcionando um alívio emocional momentâneo. A Yasmin comentou que estava sentindo muita falta do cigarro eletrônico e este também pode ter sido um dos gatilhos. No entanto, o ciclo vicioso pode se transformar em um padrão prejudicial, afetando a autoestima, a saúde física e o bem-estar geral da participante”.
Alguns “brothers” perceberam a aflição da modelo e fizeram comentários sobre a sua condição, como Rodriguinho, que deu até um apelido para Yasmin: "não é Yasmin Brunet, é Yasmin cumê”. A modelo já havia comentando sobre a sua compulsão com o cantor, que continuou brincando com a situação.
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Para a nutricionista, é fundamental o entendimento das pessoas que estão no confinamento de que a compulsão alimentar não é brincadeira e que também não é apenas uma questão de falta de força de vontade, mas que envolve fatores biológicos, psicológicos e sociais complexos, por isso é muito importante para ajudar a “sister” dentro da casa.
“O ideal seria a criação de estratégias saudáveis para lidar com o estresse emocional e o desenvolvimento de hábitos alimentares equilibrados, com apoio de profissionais de saúde, nutricionistas e psicólogos, mas enquanto estiver confinada isso não será possível. Então, por ora, seria importante, buscar ajuda, compreensão e apoio com o pessoal da casa”, enfatiza Ana Paula Braun.