Em 2023, foi registrado um total de 194.971 exames de mamografias realizados pela Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), o que representa um aumento de 10.12% quando comparado ao ano de 2022 e 43.69% em relação a 2021. O Dia Nacional da Mamografia, comemorado em 5 de fevereiro, é uma data que visa conscientizar sobre a importância deste exame que tem transformado a vida das mulheres ao longo dos anos.
A mamografia é um exame versátil, que pode ser realizado para rastreamento ou diagnóstico do câncer de mama. A mamografia de rastreamento tem como objetivo detectar precocemente os sinais da doença em mulheres assintomáticas que não apresentam sintomas evidentes e é destinado principalmente a mulheres com queixas específicas em torno dos 40 ou 50 anos de idade.
Já a mamografia diagnóstica é solicitada quando há sintomas ou achados suspeitos identificados em exames anteriores. Destinado a mulheres que apresentam sintomas como dor mamária, nódulos palpáveis, alterações na pele ou descarga mamilar, esse procedimento não tem uma idade específica, podendo ser designado a qualquer mulher que apresente um desses sintomas.
Ano passado, 94.21% do total de exames foram de mamografia de rastreamento, enquanto 4.25% foram de mamografia diagnóstica, segundo dados da FIDI. Isso demonstra que as mulheres que apresentam sintomas ou achados suspeitos foram menos que a busca pelo rastreamento precoce do câncer de mama em mulheres sem sintomas.
De acordo com a estimativa de incidência de câncer para o Brasil, feita pelo Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para o triênio de 2023 a 2025, espera-se que ocorrerão cerca de 74 mil casos novos de cânceres de mama, o segundo câncer mais incidente do país. Além disso, o câncer de mama também é o mais incidente para as mulheres, apresentando cerca de 2,3 milhões (24,5%) de casos no mundo.
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Para evitar números cada vez mais alarmantes sobre a curva do câncer de mama em mulheres no Brasil, é primordial realizar o exame precoce de mamografia, que auxilia a detectar a doença ainda em estágios iniciais, evitando que o descobrimento venha apenas em fases mais avançadas.
“Levando em consideração a tendência do aumento de exames ao longo dos anos, esperamos que em 2024 a busca e a realização dos exames possam apresentar mais um aumento significativo, mas para isso é essencial refletir sobre a prevenção, reforçando o autocuidado, o bem-estar da mulher e principalmente hábito de realizar exames de mamografia”, aponta a médica radiologista especialista em saúde da mulher na FIDI, Vivian Milani.