Verão, sol, calor e muita gente de férias - a situação perfeita para uma cervejinha gelada, certo? Errado. Para desapontar os amantes da bebida, essa pode não ser a melhor das estratégias para manter a hidratação, como afirma o especialista Ullyanov Toscano.

“Matar a sede é aquela sensação que temos ao ingerir líquidos. Todavia, o chope e a cerveja falsamente dão essa impressão, mas não são capazes de hidratar. Além disso, o álcool atua a nível renal e estimula a diurese, fazendo com que se perca mais água”, explica o médico-cirurgião de cabeça e pescoço da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O álcool intensifica a produção de urina e a perda de líquidos. Associado ao aumento da transpiração provocado pelo calor do verão, está aí a receita perfeita para a desidratação, indesejável no clima quente.



O álcool também diminui a vasopressina, que é um hormônio antidiurético (ADH). “Esse é o motivo de termos tanta vontade de urinar quando ingerimos bebidas alcoólicas, principalmente cerveja. Isso também explica a famosa ressaca alcoólica do dia seguinte, causada pela desidratação”, pontua Ullyanov.

Leia: Como viver mais? Psicóloga lista cinco aspectos essenciais da longevidade

Bebidas como gim, rum, tequila, cachaça e vodka têm alto teor alcoólico e uma maior diminuição da produção de ADH. No entanto, por serem mais fortes, muitas pessoas limitam o seu consumo devido aos rápidos sintomas de embriaguez. Já a cerveja e o chope, cujo teor alcoólico é mais baixo, permitem um consumo maior e, como consequência, desidratam o corpo por um período mais longo.

Uma dica é, além de diminuir o consumo alcoólico, beber água. A exposição ao calor e à alta temperatura faz perder líquidos pela transpiração. Além de ajudar a diminuir a ressaca, a água hidrata e auxilia no processamento da bebida pelo fígado, diminuindo a intoxicação do organismo. “A cada 350ml de bebida alcoólica ingerida, beba 100 ml de água”, ensina o médico.

compartilhe