O neuroma de Morton é uma condição que pode causar dor e desconforto, mas que pode apresentar uma cura -  (crédito: Reprodução Internet)

O neuroma de Morton é uma condição que pode causar dor e desconforto, mas que pode apresentar uma cura

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A saúde dos pés é extremamente importante, mas, diversas vezes, prejudicada pela falta de cuidados ao se exercitar, ao usar sapatos desconfortáveis ou pela negligência completa à região. Dentre as lesões que podem aparecer e causar problemas maiores, está o neuroma de Morton, um pseudotumor localizado entre o terceiro e o quarto dedos no pé, caracterizado pela fibrose perineural.

 

Essa é uma condição dolorosa que afeta os nervos localizados entre os dedos do pé. Ela ocorre quando há uma compressão crônica desses nervos, levando ao espessamento e à formação de um nódulo, simulando um tumor. Essa fibrose pode causar dor intensa, sensação de queimação e formigamento na região afetada. Apesar do nome e dos sintomas, a condição é benigna e não traz risco algum em relação ao surgimento de um câncer.

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Os sintomas que costumeiramente são apresentados por quem tem o neuroma passam por dor na parte da frente do pé, sensação de queimação ou formigamento nos dedos, sensação de um caroço ou bola na sola do pé e dormência nos dedos. Para tratar desses sintomas de maneira mais rápida, o uso de gelo ou bolsa de calor pode ser recomendado, mas em momentos diferentes do problema.

Gelo x calor

Enquanto o gelo pode ser utilizado na fase inicial do neuroma, em seu momento mais agudo, a bolsa de calor pode ser usada quando as dores forem mais crônicas. O primeiro deve ser aplicado na área afetada por 15 a 20 minutos a cada hora, durante as primeiras 48 a 72 horas após o início dos sintomas, e o segundo na área afetada por 15 a 20 minutos a cada duas a três horas.

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“Embora não haja uma cura definitiva para o neuroma de Morton, existem várias opções de tratamento que podem aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. O tratamento varia de acordo com a gravidade dos sintomas e pode incluir medidas conservadoras ou intervenções mais invasivas. Inicialmente, ele é conservador, consistindo em analgésico, mudança de calçados e confecção de palmilhas. Na falha desse primeiro tratamento, a cirurgia se torna uma opção viável para os pacientes que estão com muitos sintomas. O procedimento é a retirada do Neuroma, que pode ser feito tanto por um corte plantar quanto por um corte no dorso do pé, cada um com suas vantagens e desvantagens. O pós-operatório normalmente é funcional e curto, propiciando aos pacientes um nível de satisfação alto”, explica Tiago Baumfeld, ortopedista especialista em pé e tornozelo.

Enquanto a saída do problema de forma conservadora se torna mais acessível, existem três maneiras de realizá-la, além do já conhecido uso de palmilhas, analgésicos e mudança de calçados. Caso essa primeira opção não seja o suficiente, é possível evoluir para a fisioterapia, com exercícios de alongamento e fortalecimento, para a infiltração, visando aliviar a inflamação e a dor, e para terapias físicas, como a eletroterapia e a terapia a laser, com o objetivo de reduzir a dor, melhorar a circulação sanguínea e promover a cicatrização dos tecidos. 

Intervenção cirúrgica

Somente quando todas elas não conseguem resolver, salvo casos de mais necessidade, que a intervenção cirúrgica passa a ser necessária. Ela envolve a remoção do nódulo fibroso que comprime o nervo, aliviando assim a dor e os sintomas associados. No entanto, é preciso frisar que a cirurgia só é recomendada após uma avaliação cuidadosa do médico, levando em consideração os riscos e benefícios do procedimento.

“É importante ressaltar que cada caso de neuroma de Morton é único e o tratamento adequado pode variar de acordo com a gravidade dos sintomas e a resposta individual de cada paciente. Portanto, é essencial buscar a orientação de um médico especialista”, explica Baumfeld. 

Portanto, o neuroma de Morton é uma condição que pode causar dor e desconforto, mas que pode apresentar uma cura. Com o tratamento adequado, a maioria dos pacientes experimenta melhora significativa nos sintomas e recuperação total. Porém, é fundamental entender que cada caso é único e que o sucesso do tratamento pode variar.