Quem diz que criar filhos não tem fórmula precisa rever conceitos. Embora a dinâmica familiar mude de um endereço para outro, é consenso que os pais e cuidadores têm papel vital na formação das crianças. Mas nem sempre eles conseguem saber como lidar com isso. “Em um mundo cada vez mais globalizado e tecnológico, pais e cuidadores sentem-se confusos sobre os limites do filho nesse novo e imenso universo de inovações diárias”, afirma a escritora, educadora parental, fundadora e diretora da Juntos Educação Parental, Stella Azulay.
“Questões como quanto tempo eu deixo no celular, ajudo na lição de casa ou não, deixo chorar na cama para dormir, como colocar limites, como criar um vínculo de confiança desde pequeno são muito comuns entre os pais”, aponta. Segundo ela, no meio de um mundo de informações, várias direções e funções diferentes, é natural que os pais se sintam inseguros.
A educadora comenta que a educação parental contribui para ajudar os pais a transformar informação em conhecimento. “A educação parental na prática traz conhecimento para que os pais tenham mais tranquilidade na hora de tomar decisões, fazer escolhas, criar vínculos com os filhos. Orientamos os pais para que eles possam desempenhar seu melhor e para que a próxima geração seja melhor que a nossa”, afirma.
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“Entendemos que o ambiente familiar impacta muito no rendimento, desempenho e bem-estar de colaboradores em empresas. Hoje se fala tanto em soft skills, mas nada desenvolve mais um colaborador, um ser humano, do que as education skills. Já as escolas precisam educar os pais mais do que educar os alunos, então elas acabam gastando mais tempo e energia em lidar com os desafios dos pais em relação aos filhos do que focar na proposta da escola, que é a formação curricular do aluno”, afirma Stella.
Ainda de acordo com a educadora, as escolas buscam na educação parental a terceirização da educação dos pais para que os alunos cheguem mais tranquilos às aulas e para que a escola tenha um bom relacionamento com a família. “Todo mundo ganha”, diz.