O Brasil enfrenta uma crescente no número de casos de dengue, o que eleva as preocupações de saúde pública em todo o território nacional. Com o carnaval já nas ruas do país, bloquinhos e as viagens para o litoral, é importante alertar a população para se proteger contra o mosquito.
Segundo Mayla Carbone, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), os repelentes à base de DEET e Icaridina são comprovadamente eficazes contra a dengue. No entanto, de acordo com a médica, os mais eficazes são os repelentes que possuem 25% de concentração de Icaridina.
"Diversas marcas oferecem produtos com essa especificação no rótulo. Seja qual for a escolha, é importante destacar que, quanto maior a concentração do princípio ativo, maior será a proteção oferecida", diz.
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Mayla ressalta que uma das principais vantagens da Icaridina é sua baixa toxicidade, o que significa que ela não causa danos aos tecidos corporais humanos nem danifica as roupas.
"Outro benefício significativo é que ela possui uma ação prolongada, protegendo a pele por até 10 horas, o que elimina a necessidade de reaplicação frequente e reduz o risco de toxicidade. Além disso, é hipoalergênica, ou seja, tem uma menor probabilidade de causar irritação na pele e pode ser indicada para uso em crianças, idosos e gestantes", acrescenta.
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Protetor ou repelente?
Na praia, qual deve ser aplicado primeiro: o protetor ou o repelente? A dermatologista explica que, para garantir uma defesa eficaz contra os mosquitos e os raios solares, é recomendado aplicar primeiro o protetor solar e depois o repelente.
“Sugiro aplicar o filtro solar em casa, aguardar a absorção por alguns minutos, em seguida o repelente e só depois vestir a roupa”, recomenda. “A razão por trás dessa ordem é que o repelente contém substâncias que afastam os insetos e aplicar o filtro solar ou outros produtos de beleza posteriormente, como creme hidratante, pode acabar diminuindo a eficácia dessas substâncias”, alerta.
E protetor com repelente, funciona?
Assim como os protetores solares convencionais, os que têm repelente e a baixa concentração de Icaridina precisam ser reaplicados a cada duas horas para garantir uma proteção eficaz. “Além do verão, os protetores solares e os repelentes podem ser utilizados em outras épocas do ano, como no fim do inverno e durante o outono, quando há presença de insetos em cidades mais úmidas”, destaca.