O transplante capilar é uma técnica cirúrgica que tem sido cada vez mais procurada por pessoas que sofrem com a perda de cabelo. O crescimento na demanda pelo procedimento fez com que a (Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar (ABCRC) fizesse um levantamento sobre o tema, publicado em agosto de 2023. A pesquisa indica que 80% das pessoas buscam o transplante devido à queda de cabelo genética, 10% por queda induzida por medicamento, 5% por motivos de reconstrução e os outros 5% devido à necessidade de reconstrução após o uso de cosméticos.
A queda de cabelo pode impactar significativamente a autoestima de uma pessoa, afetando sua confiança em relação à aparência e autoimagem. Para muita gente, a perda de cabelo pode ser extremamente estressante e até mesmo traumatizante, afetando o bem-estar emocional. O transplante capilar, nesse sentido, ajuda a restaurar a autoestima e a confiança.
A terapeuta capilar e CEO da Capi Hair Plus, Vanessa Abreu, explica como o procedimento é realizado. O paciente chega pela manhã, já com os exames pré-operatórios realizados e analisados pelo médico, indica. "Chega na clínica por volta das 6h30 da manhã e nós iniciamos o projeto. O paciente entra para o centro cirúrgico por volta das 7h e iniciamos a extração folicular. Após isso, separamos os folículos e os fios e reservamos. Depois dessa primeira etapa é feita a incisão, que são os buraquinhos no qual, posteriormente, nós iremos implantar os folículos e fios já retirados na primeira fase. Esse procedimento todo dura em torno de 10 a 12 horas e o paciente vai para a casa no mesmo dia. É importante lembrar que o paciente recebe anestesia local. Não é necessário sedação para realização do transplante", informa Vanessa.
Ela ressalta que o transplante é vitalício. Os fios transplantados não sofrem ação hormonal e, por isso, não caem. "Mas é importante lembrar que os fios nativos, aqueles que nós não mexemos, continuam no processo de queda. Então, é fundamental que o paciente dê continuidade ao tratamento pós-transplante."
E existem diferenças entre o que se chama transplante ou implante capilar. "No transplante são utilizados folículos do próprio paciente, então não há rejeição, ou seja, eles são perfeitamente aderidos pelo corpo, absorvidos e, naturalmente, crescem também após. O implante é feito com fios artificiais. O resultado, como o próprio nome já diz, é um resultado artificial e pode sofrer rejeição pelo corpo", elucida Vanessa.
Para se submeter ao transplante capilar é preciso realizar exames pré-operatórios. "Por exemplo, um paciente com uma diabetes descompensada pode ter contraindicação para o transplante capilar. No entanto, caso a doença esteja controlada, ele pode realizar o procedimento. Por isso é muito importante realizar todos os exames pré-operatórios e consultar um médico ou uma clínica para verificar a possibilidade de fazer o transplante ou não", diz Vanessa.
Sobre o processo de recuperação, a especialista destaca que é tranquilo. "Em 48 horas o paciente já retira o curativo. Já pode trabalhar, dependendo do trabalho, no dia seguinte, se não for trabalhar exposto ao sol, não tiver que usar capacete ou boné", explica.