O tumor afeta os glóbulos brancos do sangue, responsáveis por defender o corpo contra organismos infecciosos e substâncias estranhas -  (crédito:  National Cancer Institute/Unsplash)

O tumor afeta os glóbulos brancos do sangue, responsáveis por defender o corpo contra organismos infecciosos e substâncias estranhas

crédito: National Cancer Institute/Unsplash

Em 2024, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevê 11.540 novos casos de leucemia no Brasil — 170 deles em Brasília. No país, ocorreram 6.738 mortes pela doença em 2020, o que equivale a cerca de 3 mortes a cada cem mil brasileiros.

Neste mês, é realizada a campanha Fevereiro Laranja, com objetivo de informar e conscientizar a população sobre a leucemia. O tumor afeta os glóbulos brancos do sangue, responsáveis por defender o corpo contra organismos infecciosos e substâncias estranhas.

Existem 12 tipos de leucemias, sendo os mais comuns a leucemia linfoide aguda, recorrente em crianças, e a leucemia mielóide aguda, que atinge normalmente adultos. As duas apresentam rápido desenvolvimento e possuem maiores chances de cura se identificadas de maneira precoce.

De acordo com a hematologista da Oncoclínicas Brasília, Flavia Piazera, tiveram avanços na identificação e no tratamento da doença no país. "O aumento do conhecimento na área da oncogenética, os estudos dos mecanismos de resistências das células tumorais e o desenvolvimento de terapias alvo associados a novas tecnologias de terapia celulares, como por exemplo, o CART-cell nos permite escolhas terapêuticas cada vez mais personalizadas para os pacientes com leucemias", afirma.

O tratamento depende da idade do paciente e de fatores de risco. Além da quimioterapia, novos medicamentos foram aprovados pela agência reguladora dos Estados Unidos e pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) o que, segundo Piazera, têm revolucionado o tratamento da leucemia. "Porém, ainda há muito trabalho pela frente diante das realidades regionais e níveis de assistências públicos e privados”, finaliza a especialista.