Os principais sintomas da  LER e da DORT são as dores nos braços, mãos e outras partes do corpo usadas no trabalho -  (crédito: krakenimages/Freepik)

Os principais sintomas da LER e da DORT são as dores nos braços, mãos e outras partes do corpo usadas no trabalho

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O dia 28 de fevereiro é o Dia Mundial de Combate às Lesões por Esforços Repetitivos (LER ) e aos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort), data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a conscientização sobre esses males que fazem parte do mundo do trabalho.

As LER/Dort são, de acordo com o Ministério da Saúde, os “danos decorrentes da utilização excessiva do sistema que movimenta o esqueleto humano e da falta de tempo para recuperação”.

O termo LER é mais conhecido do grande público e se refere à sobrecarga depois da realização de um mesmo movimento por muitas vezes. Porém, nem sempre essas queixas causam lesões propriamente ditas, conforme explica o ortopedista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Leandro Yoshinobu: “Existem outras situações de sobrecarga, que não são por esforços repetitivos, como atividades que exijam contração muscular de forma estática por muito tempo, sobrecarga por peso excessivo, dores relacionadas a má postura ou ergonomia inadequada. Para englobar essas situações surgiu o termo DORT que é mais amplo”.

Os sintomas

Os principais sintomas desses dois males são as dores nos braços, mãos e outras partes do corpo usadas no trabalho. Segundo o especialista, as dores podem melhorar com o descanso no começo, mas se não forem tratadas podem piorar e pode ser necessário fazer outras intervenções além do repouso como fisioterapia, infiltrações e cirurgias.

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Para evitar essas dores, o médico destaca três pontos principais: fazer exercícios regulares, ter um ambiente de trabalho confortável (boa ergonomia) e fazer pausas regulares para descansar.

“Manter uma atividade física regular é o principal fator, pois deixa a musculatura mais preparada para aguentar uma carga maior. Um bom condicionamento físico também causa um aumento no limiar de dor, ou seja, para sentir dor, a pessoa normalmente precisa de um estímulo maior que em pessoas sedentárias. Uma ergonomia adequada no ambiente de trabalho diminui consideravelmente a sobrecarga musculoesquelética. Já as pausas periódicas são importantes para “descansar” e alongar a musculatura de tempos em tempos”, avalia. Ele também alerta que em casos de sobrecarga por peso excessivo, também é válido pensar em dispositivos que auxiliam na distribuição da força (como sistema de polias e alavancas), além de pedir ajuda dividindo a carga com outras pessoas.

Trabalhos que oferecem mais riscos

O ortopedista avalia que quase todo mundo está propenso a desenvolver alguma Dort, mas que alguns trabalhos podem oferecer fatores de risco, como aqueles que exigem a realização de um mesmo movimento por tempo prolongado (como linha de montagem de produtos ou digitação excessiva), trabalhos em locais com ergonomia inadequada ou que exijam o carregamento de muito peso.

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Leandro destaca que o principal é a prevenção, mas que é importante procurar um médico se houver uma dor já estabelecida. “É importante procurar um médico para definir um diagnóstico e decidir a melhor estratégia de tratamento. Para esses casos, acredito que os profissionais mais capacitados são os médicos do trabalho, ortopedistas, fisiatras e reumatologistas”.