“Uma filosofia e um modo de vida que buscam excluir, na medida do possível e praticável, todas as formas de exploração e crueldade contra os animais para a alimentação, roupas ou qualquer outro propósito”,  essa é a definição do termo “vegano”, conforme o The Vegan Society. Uma estimativa afirmou que existiam cerca de 80 milhões de veganos no mundo, segundo dados divulgados pela CNN em novembro de 2022.

No Brasil, uma pesquisa feita pelo Ibope e encomendada pelo Good Food Institute Brasil revelou que, em 2020, quase metade da população (47%) reduziu o consumo de carne nos últimos anos, por conta de fatores como preocupação com o meio ambiente e afinidade com assuntos relacionados ao vegetarianismo e veganismo. Mais do que uma dieta, “o veganismo é um estilo de vida”, afirma Cintya Bassi, coordenadora de nutrição e dietética do São Cristóvão Saúde.



Porém, para que o organismo se adapte de forma saudável e não faltem nutrientes a curto e médio prazos, nos cardápios “não devem faltar leguminosas, vegetais, cereais integrais, frutas, e a proteína animal deve ser substituída pela proteína vegetal, feijão, semente de abóbora, gergelim e girassol, soja, proteína isolada de ervilha ou arroz, oleaginosas, tofu, aveia e shimeji”, exemplifica a nutricionista.

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Suplementação a longo prazo

Cintya Bassi,comenta ser esta uma dieta completa e nutritiva, quando bem planejada. Porém, para fornecer ao corpo todos os nutrientes necessários para manter a energia e o bem-estar, pode ser necessária a suplementação de vitamina B12. Afinal, o corpo humano não é capaz de produzir esta vitamina e ela é encontrada em alimentos como carnes, ovos e peixes, restritos a quem se dedica ao veganismo. 

A carência em B12 provoca anemia, causando palidez, fraqueza, fadiga, e, se for grave, falta de ar e tonturas, formigamento e demência. Outras suplementações são pontuais e devem ser investigadas, individualmente. “Dependem muito do consumo diário e da variedade do cardápio, mas geralmente existe suplementação de ômega 3 e suplementos proteicos”, acrescenta Cintya.

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Caso tenha modificado recentemente sua rotina de alimentação ou esteja considerando adotar um novo estilo de vida, não hesite em agendar uma consulta com um profissional. Assim, é muito mais fácil realizar a transição de cardápios, sem prejudicar a saúde e o bom funcionamento de seu corpo.

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