Infectologista alerta que as pessoas que estão recebendo sangue estão em uma condição debilitada, então é preferível que doadores de sangue estejam saudáveis e com o organismo recuperado de qualquer infecção viral -  (crédito:   Nguyen Hiep/Unsplash)

Infectologista alerta que as pessoas que estão recebendo sangue estão em uma condição debilitada, então é preferível que doadores de sangue estejam saudáveis e com o organismo recuperado de qualquer infecção viral

crédito: Nguyen Hiep/Unsplash

Andrea Almeida, médica infectologista do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), unidade do Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual (Iamspe), comenta a nota técnica sobre o intervalo para a doação de sangue para as pessoas que já tiveram dengue ou que tomaram a vacina divulgada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da Saúde.



“Há risco de transmissão do vírus da dengue por meio de transfusão sanguínea, por isso é fundamental seguir as orientações”, afirma a médica.

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De acordo com os órgãos, evidências científicas mostram que se uma pessoa receber sangue contaminado há 38% de probabilidade que ela seja infectada e desenvolva a doença após a transfusão. Por isso, é importante ter atenção aos critérios:

  • Pessoas que tomaram a vacina contra a dengue devem aguardar 30 dias após a vacinação;
  • Pessoas que tiveram dengue comum devem aguardar 30 dias após a recuperação completa;
  • Pessoas que tiveram dengue hemorrágica (dengue grave) devem aguardar 180 dias após a recuperação completa;
  • Pessoas que tiveram contato sexual com pessoas que tiveram dengue nos últimos 30 dias deverão aguardar 30 dias após o último contato sexual.

Sobre o contato sexual, Andrea explica que essa é também uma possível forma de contaminação, mesmo que mais rara: “Vale lembrar que as pessoas que estão recebendo sangue estão em uma condição debilitada, então é preferível que doadores de sangue estejam saudáveis e com o organismo recuperado de qualquer infecção viral”, explica.

“Além disso, não é apenas o vírus que pode ser transmitido, já que durante o período de doença e convalescência o sangue sofre modificações que podem ser prejudiciais ao indivíduo receptor”, complementa a infectologista.