A rinoplastia, uma das cirurgias plásticas mais procuradas em todo o mundo - principalmente entre pessoas de 18 a 34 anos, segundo a Pesquisa Global anual da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) -, vem passando por transformações ao longo dos anos. Entre as décadas de 1980 e o início dos anos 2000, o conceito de rinoplastia redutora era mais comum. Os cirurgiões plásticos utilizavam técnicas de enxerto de cartilagem para evitar deformidades na estrutura nasal, método que destruía muito o nariz e causava complicações nos pacientes.
“O processo ficou conhecido como rinoplastia reducional, porque só se reduzia e se arrancava tudo o que havia dentro do nariz e não colocava nada de novo. Isso gerou um grande número de complicações, principalmente dificuldade para respirar, obstrução, assimetrias e até mesmo desfigurações faciais”, afirma o cirurgião plástico Sérgio Furtado.
Em função de todos os problemas, a partir da primeira década dos anos 2000, muitos cirurgiões passaram a utilizar técnicas mais conservadoras. Os médicos começaram a questionar o porquê de destruir tanto, para depois ter que reconstruir tudo de novo. “Por que não preservar o que é bom no nariz e assim ter uma cirurgia menos agressiva, conservando as estruturas do órgão que já estavam muito mais bem estabelecidas? Nesta linha de pensamento, nasceu a rinoplastia preservadora”, conta o cirurgião.
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Sérgio Furtado afirma que, na rinoplastia preservadora, se conserva o que está bom e bonito e se estrutura o que está frágil e fraco. “Fazemos tanto a preservação, quanto a estruturação no mesmo paciente para obter resultados mais duradouros e naturais, sem estigmas cirúrgicos e resultados funcionais, o que possibilita que o paciente continue respirando bem ou até mesmo melhore a respiração após a cirurgia”, analisa Sérgio.
Técnica reduz complicações pós cirurgia
Sérgio Furtado desenvolveu uma técnica híbrida que aumenta a previsibilidade de resultado e diminui as complicações do tratamento do dorso nasal. O método foi elogiado por um dos maiores cirurgiões plásticos do mundo, o italiano Enrico Robotti.
“A grande vantagem é para aquele paciente com uma giba dorsal alta, dorso nasal largo, ou mesmo irregular. Isso porque, com a técnica, conseguimos aprimorar as linhas estéticas dorsais e o perfil do paciente com muita precisão. Ela reduz a chance de irregularidades dorsais e ainda facilita manobras para correção de desvios de septo, fortalecendo a válvula nasal interna”, pontua.