A endometriose é a maior causa de infertilidade feminina em todo o mundo. Só no Brasil, a doença, considerada silenciosa, atinge seis milhões de pessoas (cerca de 15% das mulheres em idade reprodutiva). Enquanto isso, outro dado preocupante acompanha a estatística: 50% das brasileiras desconhecem a patologia. 

As informações são da Associação Brasileira de Endometriose (SBE) e reforçam a importância da campanha Março Amarelo, voltada mundialmente para a conscientização da endometriose. A doença surge quando o tecido que reveste o interior do útero (o endométrio) cresce para fora do órgão reprodutor feminino. Ali, as células se multiplicam e podem acabar obstruindo as tubas uterinas, o que dificulta a fecundação do óvulo e espermatozoide. 



Segundo o ginecologista e obstetra José Bento, “o diagnóstico da endometriose demora, em média, oito anos”. Ele explica que os sintomas, como a cólica menstrual intensa, por exemplo, não acendem rapidamente o sinal vermelho. “Ao longo dos anos, as dores podem até reduzir a qualidade de vida da mulher”, acrescenta.

Alguns fatores de risco favorecem o surgimento da doença, como um sistema imunológico deficiente, histórico familiar, entre outros. Para a mulher que quer engravidar, mas esbarra na infertilidade, existem tratamentos complementares como a massagem, que aumentam as chances de sucesso na realização desse sonho.

José Bento aprofundou-se em pesquisas que atestam a prática da massagem como fator que pode contribuir de forma positiva para o processo de fertilização. “Os benefícios da massagem voltada para mulheres que estão grávidas são reconhecidos, mas poucos sabem quanto essa terapia é importante para aquelas que desejam engravidar ou para as que estão vivenciando um tratamento de fertilidade”, diz.

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Dessa forma, o obstretra aliou seus estudos à expertise da massoterapeuta Renata França, criadora de técnicas de massagem, e juntos, desenvolveram um protocolo que conta com mais de 90 manobras. No caso da endometriose, especificamente, o protocolo ajuda no fortalecimento do sistema imunológico da tentante, melhorando o quadro da doença. Segundo José , o “objetivo era que Renata desenvolvesse um protocolo voltado especialmente para as mulheres que sonham em ser mães, e que pudesse contribuir também para a diminuição do estresse inerente a esse período”. Renata garante que cada manobra foi desenvolvida para trazer benefícios reais ao corpo da futura mãe. “Mesclei manobras de drenagem linfática e de relaxamento profundo. Todas elas têm influência positiva em várias outras funções do organismo dessa mulher”.

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