Quando ocorre a coleta de sangue, há alguns detalhes que são de extrema importância para análise e diagnóstico seguros. Esses detalhes vão desde o uso de luvas e agulhas até os tubos de coleta de sangue a vácuo. O uso destes sistemas reduz o risco de exposição direta ao sangue e torna fácil a coleta de mais amostras com uma única punção venal.



Durante a flebotomia (tiragem de sangue), diversos erros podem acontecer na punção, preparação e até mesmo durante o transporte da análise. Alguns destes são considerados pré-analíticos, como por exemplo, amostras destinadas às provas de coagulação com microcoágulos, decorrentes da homogeneização do sangue, que é a mistura incorreta do material, ou até mesmo com proporções incorretas de anticoagulante e sangue total. O ideal é que metodologias rigorosas sejam implementadas nos laboratórios, pois além de gerarem uma re-coleta, os diagnósticos podem ser incertos.

Aditivos são identificados pelas cores dos tubos

Há diferentes maneiras de coletar sangue, sendo que o sangue venoso pode ser obtido a vácuo, escalpe ou de forma tradicional com seringa e agulha. A primeira técnica vem sendo bastante recomendada, pois é um sistema fechado e que possibilita melhores condições de padronização e redução de erros, além da diminuição de acidentes com materiais perfurantes. A qualidade destas amostras também são melhores e mais representativas, por conta da proporção adequada de sangue e aditivo que o sistema garante.

“A importância da identificação correta e a qualidade de cada tubo garante a confiabilidade de resultados, controle de qualidade diminuindo assim o número de recoletas e possíveis erros de resultados. Pois cada aditivo nos tubos garante a estabilidade de um analito específico ou morfologia celular a ser dosado e avaliado no sangue do paciente”, destaca Vitória Repula, assessora científica da FirstLab.

Os tubos utilizados na coleta podem conter um ou mais aditivos, que podem promover a coagulação mais rápida do sangue, garantir a anticoagulação ou preservar ou estabilizar analitos ou células. Esses tubos são separados por cores, pois é importante identificar qual será usado em cada teste, possibilitando um resultado correto e seguro, além de seguirem uma ordem. As cores são recomendadas pela CLSI H3-A6, Procedures for the Collection of Diagnostic Blood Specimens by Venipunctures; ApprovedStandart, 6thed e deve ser respeitada, para que não ocorra contaminação cruzada dos aditivos quando há necessidade da coleta para diversos testes de um mesmo paciente.

Ao todo, são seis cores, que identificam uma ordem

Azul (Citrato de Sódio): utilizado para prova de coagulação em amostras. As diferentes concentrações do aditivo podem ter efeitos significativos nas análises terapias antitrombóticas, Tempo de Protombina (TP) e Tempo de Tromboplastina ativada (TTPa);


Vermelho (Ativador de Coágulo): tem ativador de coágulo (sílica) jateado na parede do tubo, fazendo com que o processo de coagulação da amostra seja acelerado. Utilizado para tipagem ABO, RH, pesquisa de anticorpos, fenotipagem eritrocitária e teste de antiglobulina direta;


Amarelo (Ativador de Coágulo + Gel): também acelera o processo de coagulação, mas possui gel separador para obtenção de um soro com melhor qualidade. Utilizado em rotinas de bioquímica, sorologia, imunologia, marcadores cardíacos e tumorais;


Lilás/rosa (EDTA): tem o aditivo jateado na parede do tubo e é utilizado em bancos de sangue. O EDTA é recomendado para rotinas de hematologia por ser o melhor anticoagulante para a preservação da morfologia celular;


Verde (Heparina de Lítio): tem o aditivo jateado na parede do tubo e é utilizado quando é necessário o uso de plasma para determinações bioquímicas. Estes aditivos são anticoagulantes que ativam as enzimas antiplaquetárias, bloqueando a cascata de coagulação;


Cinza (Fluoreto de Sódio + EDTA): utilizados na dosagem de glicose, lactato e hemoglobina glicada no plasma. O Fluoreto de Sódio é utilizado como inibidor glicolítico e o EDTA como anticoagulante, preservando a morfologia celular.


Cinco tubos são utilizados, sendo que na etapa dois é possível utilizar o vermelho ou o amarelo, pois possuem a mesma função. A alteração na sequência pode ocasionar a contaminação no próximo tubo e, consequentemente, entregar um diagnóstico errado.

Tubos de qualidade resultam em um processo mais seguro

Além de todas as vantagens do uso dos tubos de coleta a vácuo, sendo que o diagnóstico certeiro é uma das principais, esses materiais oferecem uma maior facilidade no manuseio; segurança e conforto ao paciente, pois possibilita coleta de diversos tubos em apenas uma punção; segurança ao profissional, minimizando riscos de contaminação ou perfurações e atende a norma regulamentadora (NR32).

Atualmente, há tubos com vários volumes de aspiração e características diferentes. A FirstLab oferece uma linha completa de produtos para análises clínicas, que conta com tubos de coleta a vácuo, registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e fabricados de acordo com as Boas Práticas de Fabricação estabelecidas pela Anvisa e por outros padrões internacionais.

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