Os acidentes domésticos são mais comuns do que se imagina e podem representar um sério risco para os idosos. Nesta fase da vida, devido às mudanças físicas, sensoriais e cognitivas associadas ao envelhecimento, os idosos, ficam mais vulneráveis e, naturalmente, mais propensos a quedas e outras intercorrências no ambiente doméstico.



Recentemente, o humorista Carlos Alberto de Nóbrega, de 87 anos, fraturou o fêmur e precisou realizar cirurgia devido a um sangramento interno na cabeça após queda em sua casa de campo.

Segundo dados do Ministério da Saúde, um em cada três idosos sofre uma queda por ano, sendo que 34% das quedas provocam algum tipo de fratura. Somente em 2020, foram contabilizadas mais de 300 mil internações no país em função de acidentes domésticos.

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Lafayette Lage, ortopedista e traumatologista, introdutor no Brasil da artroscopia do quadril em 1993 e, também, um dos pioneiros na cirurgia de Resurfacing, chama a atenção para a importância de se manter os cuidados com os idosos. “Cerca de 1/3 da população, acima de 65 anos, sofre uma queda por ano dentro de casa”, revela o médico. Com menos musculatura e outros problemas associados, pessoas nesta faixa etária, ficam mais propensas às fraturas, explica.

Aspectos psicológicos

Além das limitações físicas associadas à idade avançada, existem aspectos psicológicos significativos que devem ser considerados ao lidar com idosos, tais como depressão e tendência ao isolamento, desconfiança, irritabilidade, entre outras questões.

Para minimizar os riscos, é importante que os idosos e seus cuidadores estejam atentos a algumas medidas preventivas:

  • Manter a casa segura: remover tapetes escorregadios, instalar corrimãos em escadas, colocar barras de apoio no banheiro e eliminar obstáculos no caminho podem ajudar a prevenir quedas;
  • Iluminação adequada: manter a casa bem iluminada, especialmente em áreas de passagem pode ajudar os idosos a enxergarem melhor e evitarem acidentes;
  • Uso de equipamentos de segurança: utilizar dispositivos como alarmes de incêndio e barras de segurança em janelas pode reduzir eventuais riscos. Também é importante o uso de calçados adequados e antiderrapantes em casa. Evitar encerar o piso ou utilizar produtos que deixe o chão escorregadio;
  • Atenção aos medicamentos: é importante seguir corretamente as prescrições médicas e evitar automedicação, pois alguns medicamentos podem causar tonturas e sonolências, aumentando o risco de quedas;
  • Cuidado com objetos cortantes e quentes: manusear facas, panelas e outros objetos afiados ou quentes com cuidados pode prevenir cortes e queimaduras;
  • Permanecer em contato com familiares e amigos: manter-se conectado com familiares, amigos e vizinhos pode garantir que haja ajuda disponível em caso de urgência;
  • Manter a dieta saudável e praticar exercícios físicos: uma alimentação balanceada e a prática regular de exercícios podem ajudar a manter a força muscular e flexibilidade, minimizando riscos potencias de fraturas. 

É importante que os idosos e seus cuidadores estejam cientes dessas medidas preventivas e as incorporem em suas rotinas diárias para garantir um ambiente doméstico mais seguro e evitar acidentes desnecessários.

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Além disso, é fundamental que os idosos estejam abertos a pedir e aceitar ajuda quando necessário, reconhecendo que algumas tarefas podem ser mais desafiadoras devido ao envelhecimento.

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